ATA DA DÉCIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 30-3-2005.

 


Aos trinta dias do mês de março de dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Elói Guimarães, João Antonio Dib, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mônica Leal, Nereu D'Avila e Neuza Canabarro. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. À MESA, foram encaminhados: pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, o Pedido de Informações nº 071/05 (Processo nº 1759/05); pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Informações nos 067, 077, 078 e 079/05 (Processos nos 1638, 1835, 1836 e 1838/05, respectivamente); pelo Vereador Carlos Comassetto, os Pedidos de Providências nos 426 e 460/05 (Processos nos 1837 e 1919/05, respectivamente); pelo Vereador Carlos Todeschini, o Pedido de Providências nº 428/05 (Processo nº 1852/05); pelo Vereador Claudio Sebenelo, o Pedido de Providências nº 427/05 (Processo nº 1849/05); pelo Vereador João Antonio Dib, o Pedido de Providências nº 432/05 (Processo nº 1878/05) e o Pedido de Informações nº 080/05 (Processo nº 1864/05); pela Vereadora Manuela d'Ávila, os Pedidos de Providências nos 443 e 444/05 (Processos nos 1897 e 1898/05, respectivamente); pelo Vereador Márcio Bins Ely, os Pedidos de Providências nos 364 e 365/05 (Processos nos 1704 e 1705/05, respectivamente); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providências nos 431 e 458/05 (Processos nos 1877 e 1917/05, respectivamente); pelo Vereador Mauro Zacher, a Indicação nº 011/05 (Processo nº 1572/05); pela Vereadora Neuza Canabarro, os Pedidos de Providências nos 430, 436, 437, 438, 439 e 440/05 (Processos nos 1876, 1886, 1887, 1888, 1889 e 1894/05, respectivamente) e as Indicações nos 019, 020, 021 e 022/05 (Processos nos 1867, 1868, 1869 e 1871/05, respectivamente). Também, foi apregoado o Ofício nº 031/05, firmado pelo Vereador Adeli Sell, Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Sebastião Melo foi eleito, ontem, Vice-Presidente desta Comissão para a Primeira Sessão Legislativa Ordinária da XIV Legislatura. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 347/05, da Senhora Rachel Cossich Furtado, Coordenadora-Geral de Apoio à Agricultura Urbana da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; 10039294, 10039295, 10039297, 10039298, 10039299, 10039300 e 10039301/05, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença dos Vereadores Jair Baruffi, do Partido Trabalhista Brasileiro, Mário Gabardo, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, e Francisco Rizzardo, do Partido Democrático Trabalhista, da Câmara Municipal de Bento Gonçalves – RS. A seguir, o Senhor Presidente informou a ausência do Senhor José Antônio Antonioni, Presidente do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia – COMCET, entidade que faria uso da Tribuna Popular no dia de hoje. A seguir, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Professor Garcia, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Airto Ferronato, após a entrega de seu Diploma e Declaração de Bens, bem como a prestação do compromisso legal e indicação do Nome Parlamentar, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Em prosseguimento, nos termos do § 8º do artigo 12 do Regimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Airto Ferronato, que expressou seu carinho e admiração pela Câmara Municipal de Porto Alegre, destacando a importância desta Casa para o bom andamento do processo político e democrático da Cidade. Em relação ao assunto, relembrou o tempo em que Sua Excelência foi Vereador em Porto Alegre e desejou a todos os Senhores Vereadores e à Mesa Diretora sucesso durante a atual Legislatura. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 084/03, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Manuela d'Ávila, 041, 071, 078 e 079/05, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 006/05, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, os Projetos de Emenda à Lei Orgânica nos 002 e 006/05, este discutido pelo Vereador João Antonio Dib, os Projetos de Resolução nos 074/05, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Carlos Todeschini, e 077/05, discutido pelo Vereador Carlos Comassetto; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 015/03, 102 e 234/04, 054, 058, 068, 069 e 075/05, os Projetos de Lei do Executivo nos 016/99, 081/02, 013, 020, 025, 027, 028, 030, 032, 033, 034, 035, 038, 040, 046, 048, 049, 052, 054 e 063/04, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/05; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 226 e 341/03, 053 e 063/05, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 007 e 008/05, discutidos pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Projetos de Lei do Executivo nos 066/04 e 005/05, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/03; em 5ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/05. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e o Vereador Nereu D'Avila formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Também, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores Nereu D'Avila, Raul Carrion, Paulo Odone, Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Maria Celeste, Claudio Sebenelo e Luiz Braz, o Senhor Presidente prestou informações a respeito do processo de votação do Requerimento nº 074/05. Após, foi rejeitado o Requerimento nº 074/05 (Processo nº 1480/05 – Moção de Solidariedade à Assembléia Legislativa pela rejeição do Veto aposto pelo Governador Germano Rigotto ao § 2º do artigo 2º do Projeto de Lei nº 027/04), por treze votos SIM, quinze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Carlos Todeschini e Paulo Odone, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti e Raul Carrion, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone e Sebastião Melo e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Às quinze horas e vinte e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e vinte e quatro minutos, constatada a existência de quórum. Após, foram apregoadas, em relação ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04 (Processo nº 5767/04): a Emenda nº 03, proposta pelo Vereador Nereu D'Avila e assinada pelos Vereadores Sebastião Melo, Líder da Bancada do PSB, e Raul Carrion, e a Subemenda nº 01, de autoria da Vereadora Maristela Meneghetti, Líder da Bancada do PFL, à Emenda nº 03. Também, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Raul Carrion, solicitando, em relação ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04 (Processo nº 5767/04), a retirada de tramitação da Emenda nº 01 e que a Emenda nº 03 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 03 fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Após, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 067/05. Foi aprovado o Requerimento nº 003/05 (Processo nº 0110/05 – Requer constituição de Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude), de autoria da Vereadora Manuela d'Ávila, após ser encaminhado à votação pela Autora. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Sebastião Melo, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando votação em destaque para a Subemenda nº 01 aposta à Emenda nº 03 do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04 (Processo nº 5767/04). Também, foi apregoada a Emenda nº 04, de autoria da Vereadora Maristela Maffei, Líder da Bancada do PT, subscrita pelo Vereador Carlos Comassetto, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04 (Processo nº 5767/04), a qual foi posteriormente retirada de tramitação, a Requerimento, deferido pelo Senhor Presidente, de autoria do Vereador Carlos Comassetto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04, com ressalva da Emenda e Subemenda a ele apostas, por trinta e três votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Sebastião Melo, Raul Carrion, Maristela Maffei, Luiz Braz, Airto Ferronato, Carlos Comassetto e Elói Guimarães, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04, o Vereador João Antonio Dib cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Luiz Braz. Também, em face de Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Sebastião Melo e Paulo Odone, o Senhor Presidente prestou informações acerca do processo de votação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04 e da Emenda e Subemenda a ele apostas. Foi aprovada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04, com ressalva da Subemenda a ela aposta, por trinta e quatro votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Foi votada destacadamente e rejeitada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/04, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, por dois votos SIM, trinta votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os Vereadores Elias Vidal e Maristela Meneghetti, Não os Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano e optado pela Abstenção os Vereadores Aldacir Oliboni e João Antonio Dib. Foi aprovado o Requerimento nº 066/05 (Processo nº 1312/05 – Período de Comunicações para homenagear o Senhor Cláudio Damazio Pacheco), de autoria do Vereador Ervino Besson, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Mario Fraga, Ervino Besson e Carlos Comassetto. Foi aprovado o Requerimento nº 075/05 (Processo nº 1484/05 – Período de Comunicações para homenagear a Sociedade Gondoleiros, pelo transcurso de seu nonagésimo aniversário), de autoria da Vereadora Neuza Canabarro. Na oportunidade, o Vereador Ervino Besson formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia e, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador João Antonio Dib, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do quórum da presente Sessão. Às dezesseis horas e cinqüenta e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e João Carlos Nedel e secretariados pelos Vereadores Nereu D’Avila e Luiz Braz. Do que eu, Nereu D’Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Registramos as presenças dos Vereadores Jair Baruffi, do PTB, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Bento Gonçalves; Mário Gabardo, Vice-Líder do PMDB; e Francisco Rizzardo, do PDT. Cumprimentamos V. Exas. e desejamos que se sintam como se em suas Casas Legislativas estivessem. Tivemos hoje, pela manhã, a honra de receber a visita dos Srs. Vereadores de Bento Gonçalves, a Capital do Vinho.

A Tribuna Popular, que estava prevista para hoje para a apresentação do relatório do Comcet, referente a 2004, cujo orador seria o Sr. José Antonio Antonioni, Presidente do Comcet, por um pequeno imprevisto, não se realizará.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR (Art. 151 do Regimento)

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 1937/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 084/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que assegura a estudantes o direito ao pagamento de meia-entrada em atividades culturais e dá outras providências. Com Emenda n.º 01 e Substitutivo n.º 01.

 

PROC. N.º 1470/05 - PROJETO LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 006/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que altera o artigo 3º da Lei Complementar n.º 444, de 30 de março de 2000, acrescendo 2 (dois) representantes do Legislativo Municipal na composição do Conselho Municipal do Idoso.

 

PROC. N.º 1550/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 006/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que altera a redação do inciso VIII do art. 94 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, reduzindo o prazo para o Prefeito Municipal prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal.

 

PROC. N.º 1597/05 - PROJETO LEI DO LEGISLATIVO N.º 078/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Elton Volker um logradouro público cadastrado localizado no Bairro Mário Quintana.

 

PROC. N.º 1609/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 074/05, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que destina Sessão Solene alusiva à comemoração do Aniversário da Extensão Rural no Rio Grande do Sul, a ser realizada, anualmente, no dia 2 de junho, ou em data imediatamente posterior.

 

PROC. N.º 0935/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 041/05, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua Soldado Adriano Pereira da Silva um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. N.º 1243/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 002/05, de autoria da Verª Maria Celeste, que acrescenta o art. 65-A à Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, estabelecendo critérios para o estabelecimento e reajustes dos subsídios dos Vereadores. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. N.º 1472/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 071/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que denomina Rua Dorval Elimus Nery um logradouro público cadastrado, conhecido como Estrada “E” Empresa Territorial Suburbana, localizado no Bairro conhecido como Protásio Alves.

 

PROC. N.º 1620/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 079/05, de autoria da Verª Maria Celeste, que acrescenta parágrafo único ao artigo 1.º da Lei n.º 5.397, de 10 de janeiro de 1984, alterada pela Lei n.º 7.017, de 27 de março de 1992, que institui isenção do pagamento de tarifa nos transportes coletivos (ônibus) para soldados e cabos da Brigada Militar em serviço.

 

PROC. N.º 1785/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 077/05, de autoria da Mesa Diretora, que inclui art. 240 no Título X – Das Disposições Transitórias da Resolução n.º 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre). (PDDUA/Comissão Especial)

 

2.ª SESSÃO

 

PROC. 2401/99 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 016/99, que autoriza a permuta de próprio municipal por área localizada na Av. Protásio Alves para fins de execução de obras do 1º Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e dá outras providências. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. 3799/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 081/02, que revoga a Lei n.º 6.276, de 21 de dezembro de 1988. (revogação/utilidade pública)

 

PROC. N.º 2369/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 013/04, que altera parte do art. 1.º da Lei n.º 7.265, de 17 de junho de 1993, e dá outras providências. (descrição/imóvel)

 

 

PROC. N.º 3786/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 025/04, que revoga a Lei n.º 3.732, de 21 de dezembro de 1972, que declarou de utilidade pública a Sociedade Beneficente “O Bom Redentor”.

 

PROC. N.º 3788/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 027/04, que revoga a Lei n.º 5.767, de 11 de julho de 1986, que declarou de utilidade pública o Centro de Estudos Professor Álvaro Barcellos Ferreira.

 

PROC. N.º 3789/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 028/04, que revoga a Lei n.º 4.018, de 18 de setembro de 1975, que declarou de utilidade pública o Grupo Espírita Lar Francisco de Assis.

 

PROC. N.º 3791/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 030/04, que revoga a Lei n.º 4.256, de 30 de dezembro de 1976, que declarou de utilidade pública o Instituto Brasileiro de Planejamento - I.B.P.

 

PROC. N.º 3831/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 032/04, que revoga a Lei n.º 3.877, de 02 de junho de 1974, que declarou de utilidade pública o Centro Cultural Ítalo-Brasileiro Dante Alighieri.

 

PROC. N.º 3832/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 033/04, que revoga a Lei n.º 5.582, de 18 de junho de 1985, que declarou de utilidade pública o Grêmio Esportivo Bagé.

 

PROC. N.º 3857/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 034/04, que revoga a Lei n.º 4.475 de 31 de outubro de 1978 que declarou de utilidade pública a Associação Brasileira de Combate ao Alcoolismo.

 

PROC. N.º 3892/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 035/04, que desafeta parte de área de praça cadastrada sob n.º 73/1 e autoriza sua permuta por fração ideal de imóvel pertencente à sucessão de Luiz Bidino Termignoni e recuo viário do imóvel n.º 3060 da Av. Cristóvão Colombo.

 

PROC. N.º 3930/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 038/04, que altera e dá nova redação às descrições dos imóveis constantes nos artigos 1.º e 2.º da Lei n.º 8.363, de 21 de outubro de 1999, que autorizou a desafetação de uso especial de imóvel do domínio público municipal e permuta entre passagem de pedestre de propriedade de Condor - Empreendimentos Imobiliários S/A, para relocalização da passagem de pedestres localizada na quadra 154 com frente para a Av. Dr. Nilo Peçanha.

 

PROC. N.º 4059/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 040/04, que altera e dá nova redação à ementa e ao art. 1.º da Lei n.º 8.153, de 11 de maio de 1998, que declarou de utilidade pública a Kinder Physioglobal – Sociedade Assistencial de Reabilitação.

 

PROC. N.º 4752/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 046/04, que desafeta do uso de bem comum do povo a passagem de pedestres número 02, do Loteamento Três Figueiras e autoriza a alienação da referida área aos lindeiros e dá outras providências.

 

PROC. N.º 5356/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 052/04, que autoriza alienação de próprio municipal localizado na Rua Professor Carvalho de Freitas, ao lado do n.º 480, ao lindeiro Breno Antonio Echeveste Prestes.

 

PROC. N.º 5446/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 054/04, que revoga a Lei n.º 3.273, de 19 de junho de 1969, que declarou de utilidade pública o “Movimento Assistencial de Porto Alegre - MAPA”; a Lei n.º 5.793, de 29 de outubro de 1986, que declarou de utilidade pública o “Grupo do Amor Perfeito”; a Lei n.º 4.207, de 03 de dezembro de 1976, que declarou de utilidade pública o “Clube dos Flautistas do Rio Grande do Sul”; a Lei n.º 6.478, de 30 de outubro de 1989, que declarou de utilidade pública a “Sociedade Espírita de Umbanda Tupinambá das Matas Virgens”; a Lei n.º 4.652, de 27 de novembro de 1979, que declarou de utilidade pública a “Associação de Pais e Amigos da Criança da Creche e Centro de Cuidados Diurnos da Vila Restinga”; a Lei n.º 4.975, de 13 de novembro de 1981, que declarou de utilidade pública a “Associação Beneficente dos Estivadores Aposentados de Porto Alegre - ABEAPA”; a Lei n.º 4.287, de 09 de junho de 1977, que declarou de utilidade pública a “Escola de Radiotelegrafia Imperial” e a Lei n.º 5.785, de 17 de outubro de 1986, que declarou de utilidade pública a “FENAMORSC - Federação Nacional das Entidades de Moradores de COHABs”.

 

PROC. N.º 5785/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 063/04, que autoriza a desafetação e alienação da passagem de pedestres n.º 7 do Loteamento Três Figueiras, localizada entre as ruas Indianópolis e De La Grange.

 

PROC. N.º 3277/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 020/04, que altera e dá nova redação ao “caput” do art. 1.º e ao § 1.º do art. 4.º, todos da Lei n.º 9.187 de 30 de julho de 2003, que autorizou a alienação aos lindeiros Adolpho Kurth Hanke, Elizabeth Campana Souza Lima, Adriana Mota da Silva Barcellos e Vicente Ferreira de Lima, de imóvel próprio municipal, localizado no Loteamento Três Figueiras, destinado a passagem de pedestres número 05, entre as Ruas Desembargador Hugo Candal e Coronel Assis e dá outras providências.

 

PROC. N.º 2301/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 102/04, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que institui o Programa de Recuperação de Créditos do Município de Porto Alegre (REFIS). Com Emendas n.ºs 01 e 02.

PROC. N.º 1282/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 058/05, de autoria do Ver. DJ Cassiá Gomes, que institui o Projeto Domingo Alegre no Município de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

PROC. N.º 1438/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 005/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que inclui dispositivos nos artigos 56 e 58 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, atribuindo competência às Comissões Permanentes da Câmara Municipal para a discussão e votação de projetos de denominação de próprios municipais, vias e logradouros públicos.

 

PROC. N.º 1447/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 069/05, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que denomina Rua Leocadio de Almeida Antunes um logradouro público cadastrado, localizado no Loteamento Nova Ipanema Green.

 

PROC. N.º 0847/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 015/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua José Luiz Martins Costa um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

PROC. N.º 5264/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 048/04, que declara de utilidade pública a “Associação Comunitária Crescendo Juntos”.

 

PROC. N.º 5265/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 049/04, que declara de utilidade pública o “Clube de Mães Amizade”.

 

PROC. N.º 5645/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 234/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Jardim dos Coqueiros o logradouro cadastrado, conhecido como Beco dos Coqueiros, localizado no Bairro conhecido como Passo das Pedras.

 

PROC. N.º 1259/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 054/05, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que denomina os seguintes logradouros não-cadastrados, localizados no Bairro Belém Novo: Rua Pierre Bourdieu, Rua Rosa Mística, Travessa Orlando Rocha, Rua Joffre Veríssimo, Rua Leonardo Freitas da Cunha, Rua Mahicon José Librelato da Silva, Rua Aide Luz de Freitas, Rua Jacinto de Freitas, Rua Chico Xavier, Rua Alypio José Nogueira.

 

PROC. N.º 1441/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 068/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Senhora Maria Eugênia Campinho Pereira Hübner.

 

PROC. N.º 1523/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 075/05, de autoria do Ver. Elias Vidal, que institui a Semana da Conscientização da Doação de Sangue no Município de Porto Alegre.

3.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 3845/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 226/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que declara de utilidade pública a Sociedade Partenon Literário.

 

PROC. N.º 4422/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 341/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que autoriza o Executivo Municipal a realizar o plantio de árvores frutíferas em todas as praças e parques da cidade de Porto Alegre. Com Substitutivo n.º 01.

 

PROC. N.º 6977/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N.º 013/03, que altera a Lei Complementar n.º 434/99, acrescentando o mapa da malha viária básica do Município e estabelecendo diretrizes para rede multimodal de transporte público de Porto Alegre. (desarquivado pelo Ver. Carlos Comassetto)

 

PROC. N.º 5800/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 066/04, que denomina Vicente Rao o Complexo Cultural do Porto Seco de Porto Alegre.(desarquivado pela Verª Margarete Moraes)

 

PROC. N.º 0121/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 007/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que institucionaliza o Orçamento Participativo no âmbito da Administração Municipal; cria o Conselho Municipal do Orçamento Participativo e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0125/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 008/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que cria o Conselho Superior de Cultura Tradicionalista Gaúcha no Município de Porto Alegre, estabelece sua composição e define suas atribuições de órgão administrador do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho.

 

PROC. N.º 1350/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 063/05, de autoria do Ver. Ervino Besson, que inclui a Festa do Ridículo no Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 1246/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 053/05, de autoria da Verª Maria Celeste, que altera a redação do art. 1.º e revoga o art. 3.º da Lei n.º 9.607, de 21 de setembro de 2004, que fixa os subsídios mensais dos Vereadores de Porto Alegre e a ajuda de custo da Presidência da Câmara Municipal para a XIV Legislatura, período de 1.º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2008, definindo critérios para os reajustes dos subsídios durante a XIV Legislatura.

 

PROC. N.º 1522/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 005/05, que altera a redação do art. 7º da Lei n.º 9.772, de 27 de janeiro de 2005, que cria, na Administração Centralizada do Município, a Secretaria Municipal da Juventude e autoriza o Executivo Municipal a abrir créditos adicionais necessários ao funcionamento da mesma.

 

5.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 1408/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 004/05, de autoria do Governo Municipal, que altera e dá nova redação ao inciso I do §6º, e ao inciso I do § 7º, todos do art. 121 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. (prazo/plurianual)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Airto Ferronato assumirá no lugar do Ver. Professor Garcia. Solicito ao Ver. Airto Ferronato que entregue seu Diploma e a Declaração de Bens a esta Mesa.

 

(Procede-se à entrega do Diploma e da Declaração de Bens.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Solicito que os presentes, em pé, ouçam o compromisso que o Ver. Airto Ferronato prestará a seguir.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: “Prometo cumprir a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, defender a autonomia municipal, exercer com honra, lealdade e dedicação o mandato que me foi conferido pelo povo.” (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Declaramos empossado o Suplente, Ver. Airto Ferronato, nos termos regimentais. Seu nome parlamentar é o já declinado: Airto Ferronato. Convidamos V. Exª a tomar assento em sua bancada. Informo a V. Exª que integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul – CEFOR.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, passados exatamente oito anos e três meses, volto a usar esta tribuna e o estou fazendo agora, porque quero registrar o meu profundo respeito e consideração que tenho para com todos os Vereadores de Porto Alegre, para com esta Casa e para com os seus servidores, dizendo da importância que é a Câmara de Vereadores no contexto democrático e político de uma Cidade, em especial, da nossa Cidade de Porto Alegre. Quero trazer um abraço afetuoso a todas as Vereadoras e todos os Vereadores com quem convivi nesses 16 anos de vida pública, e também um abraço especial e carinhoso àqueles Vereadores e Vereadoras que assumem neste ano; desejo a todos pleno êxito nessa tarefa.

Nós, enquanto cidadãos de Porto Alegre, temos absoluta consciência, temos a certeza de que Porto Alegre é, sempre foi e vai ser muito bem representada pelos escolhidos pelo povo, e nós temos consciência de que a partir das atividades que desempenhamos, eu, em especial, na Administração anterior, na Direção-Geral do DEP, sempre demos uma atenção toda especial às questões e aos pedidos que nascem, que partem aqui da Câmara. É exatamente daqui que saem as aspirações do nosso cidadão. E por isso não poderia deixar de estar aqui agora, em um minuto ou dois, para trazer um abraço a todos, para dizer da importância que é e do orgulho que tenho de estar de volta, e este meu voltar à Câmara Municipal de Porto Alegre me enche de alegria e me faz lembrar daqueles velhos tempos de quando aqui estive e, inclusive, tive a oportunidade de presidir esta importante Casa do Povo de Porto Alegre.

Quero desejar sucesso a todos e, em especial, à nossa Mesa Diretora, comandada pelo brilhante Vereador, meu particularíssimo amigo, Elói Guimarães. Um abraço a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos saudar o Ver. Airto Ferronato, que, durante anos, fez aqui um trabalho modelar, tendo sido Presidente desta Casa. Hoje, exerce suas atividades profissionais como funcionário de carreira do Estado, fiscal, exercendo as suas funções na Secretaria Estadual da Fazenda.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, se o problema de Porto Alegre fosse leis, estaria tudo resolvido. Nós temos muitas leis para serem examinadas. Hoje, mais dez Projetos de Lei para serem discutidos e votados pelos Vereadores desta Casa. Mas não é esse o nosso problema; o nosso problema é a falta de recursos, é um Orçamento pobre, que, inclusive, está-me preocupando no acompanhamento que faço da execução orçamentária mês a mês. O segundo mês me deixou preocupado, vou ter de discutir os seus números; mas não é este o momento, é claro.

O Ver. Raul Carrion está assegurando aos estudantes o direito ao pagamento de meia-entrada em atividades culturais e dá outras providências. Eu acho que nós aqui, todos, quando assumimos, juramos cumprir a Constituição e a Lei Orgânica. E aqui a Verª Manuela d’Avila já se preocupa quando se fala em estudantes, porque ela cuida dos estudantes, e eu a cumprimento por isso. Só que eu quero ver o que a Comissão de Justiça vai dizer em relação ao presente Projeto. A Procuradoria da Casa deixou claro que é intervenção na iniciativa privada, que o Projeto não é o correto em relação à Constituição. Diz a Procuradoria (Lê.): “O conteúdo normativo do art. 1º do Projeto de Lei, por sua abrangência - institui meia-entrada em toda e qualquer atividade cultural, inclusive privada -, s.m.j., atrai malferimento aos princípios e normas constitucionais que resguardam o livre exercício da atividade econômica e a livre-iniciativa.” Eu sou favorável que cada um dê o que é seu, e aí as coisas vão melhorar. Por isso que eu sempre digo que sou contrário aos direitos humanos; eu sou favorável aos deveres humanos. Se todos cumprirem com o seu dever, quem é que precisa se preocupar com os seus direitos? Ninguém. É meu dever dar o melhor de mim como Vereador para que esta Cidade alcance a realização de todos os políticos, que deve ser a preocupação com o bem comum.

O Ver. Haroldo de Souza quer representantes no Conselho Municipal do Idoso. Ele tem uma preocupação constante com os idosos e manifesta, mais uma vez, aqui a sua preocupação. Não analisei o Projeto, mas a Câmara pode, sem dúvida nenhuma, indicar dois dos seus servidores para que façam parte daquele Conselho. O Ver. Sebastião Melo quer que o Prefeito responda aos nossos Pedidos de Informações não em trinta dias, com tolerância de mais quinze, mas, sim, em menos tempo, o que eu acho importante. E é claro que eu acho, também, que nós, Vereadores, temos de ter o cuidado de não fazer uma sucessão de Pedidos de Informações. E acho até que todas as respostas dos Pedidos de Informações deveriam ser comunicadas a todos os Srs. Vereadores, porque, se todos nós soubéssemos muitas das coisas que nós perguntamos e que já foram respondidas pelo Executivo, não haveria necessidade de tantos Pedidos de Informações. O Ver. Carlos Todeschini quer que se faça uma Sessão Solene alusiva à comemoração do aniversário da Extensão Rural do Rio Grande do Sul, a ser realizada no dia 2 de junho, que é o Dia da Independência da Itália, ou em dia imediatamente posterior. Eu acho que não cabe um Projeto de Resolução solicitando esse tipo de Sessão Solene. Cada um deve fazê-la no início do ano, ou a cada cinco anos, mas não tem por que fazê-la todos os anos. E eu já assisti, da Direção de um jornal desta Cidade, a um pedido: “Por favor, só façam de cinco em cinco anos, porque para nós é um problema todos os anos vir aqui nesta Casa e ouvir os Vereadores, com a melhor das intenções, fazer os elogios que fazem à nossa empresa, mas nós temos mais o que fazer, nós temos que trabalhar.” E nós temos muitos prêmios, muitas solenidades. E eu acho que vamos ficando por aqui. Saúde e PAZ! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Prezado Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, prezadas colegas Vereadoras e prezados colegas Vereadores, prezado público que nos assiste, eu quero, hoje, contribuir com a discussão do Projeto de Resolução nº 077/05, que inicia a tramitação por esta Casa, criando, aqui, a Comissão Especial para tratar da questão da análise e possível revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental.

Eu quero trazer, aqui, Sr. Presidente, esta discussão, porque, também, hoje pela manhã, tivemos a oportunidade de participar de um debate, que está ocorrendo na Faculdade de Direito, da UFRGS, chamado Diálogos da Cidade, em que se iniciou o exame sobre as propostas a serem trazidas para discussão e/ou revisão do Plano Diretor.

Eu saí de lá, juntamente com outros colegas que lá estavam, bastante preocupado com aquela discussão que lá se iniciou e quero, aqui, justificar e trazer alguns entendimentos. O primeiro deles, Sr. Presidente, é dizer que creio que o processo referente ao Plano Diretor, na sua lógica de gestão, cometeu um equívoco, um erro até então, que foi o de mandar para revisão desta Casa um Projeto tão importante, que mexe com a complexidade da Cidade, no último ano de exercício de qualquer uma das Legislaturas. Eu creio que não é no último ano que nós deveríamos fazer a revisão de um projeto importante como este, que é o Projeto do Plano Diretor, mas, sim, talvez no primeiro ano de uma nova Legislatura, porque ele sai da pauta e do debate da disputa eleitoral.

Um dos tantos prejuízos que acredito ter havido, mesmo com todo o trabalho que esta Casa executou no ano passado, foi fazer a revisão coincidir com o último ano de uma Legislatura e o último ano de trabalho do Executivo.

 

O Sr. Sebastião Melo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, muito obrigado pela oportunidade. Eu quero dizer que concordo ipsis verbis com a sua manifestação. Eu fui um dos membros da Comissão e, mais do que um membro, fui Relator-Temático desta matéria. Se V. Exª olhar nos Anais desta Casa vai ver dezenas de manifestações dizendo que ano eleitoral não é ano de se fazer revisão do Plano Diretor. Este é o ano adequado para fazer uma revisão, sem disputa partidária, sem disputa eleitoral, mas a favor da Cidade. Eu cumprimento Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Correto. Diante disso, creio que esta Casa tem de se debruçar, entendendo que um Plano Diretor é um processo em continuidade, não é a elaboração de projetos setoriais ou estanques.

Considero o Projeto que aprovamos um dos projetos mais avançados de planejamento urbano, porque ele já incorpora no seu seio a alternativa ambiental de desenvolvimento urbano-ambiental, como também elabora as sete estratégias para serem trabalhadas como estratégias de desenvolvimento do Município.

Quero também dizer ao Secretário de Planejamento do Município, que está coordenando este debate neste momento - não pudemos continuar lá porque tínhamos de estar aqui nesta Sessão -, que, no diálogo que se inicia hoje, Diálogos da Cidade, pretende-se rever uma das estratégias, a da qualificação ambiental, já que nós estamos discutindo somente as Áreas de Interesse Cultural. E eu quero fazer um alerta aos colegas desta Casa, dizendo que nós gostaríamos muito de receber do Executivo não só a proposta para as Áreas de Interesse Cultural, mas também para as Áreas de Interesse do Ambiente Natural, porque elas se integram e fazem parte da mesma estratégia.

Todos nós sabemos que o Ver. Beto Moesch, que hoje é Secretário do Meio Ambiente, foi um dos grandes críticos da política ambiental exercida na cidade de Porto Alegre nos últimos períodos, durante a Administração Popular. Saímos de lá bastante preocupados hoje, porque foi muito genérica a crítica do ponto de vista das debilidades que ainda fazem parte do nosso Plano Diretor. Elas são legítimas, mas temos que entender que o Plano Diretor não foi, não é e nunca poderá ser um projeto acabado em si mesmo. Com a estratégia da Cidade, que é eclética e dinâmica em si, a revisão tem que acontecer. Temos de nos certificar e apostar no processo de planejamento participativo, que foi constituído na gestão em que todas as regiões podem e devem participar através de seus fóruns de planejamento, nos quais são representadas pelas comunidades e por todas as entidades desta Cidade.

Portanto, quero dizer que esse é um tema importantíssimo para esta Casa, sobre o qual hoje iniciamos a discussão. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, aqueles que nos acompanham das galerias do plenário e, fundamentalmente, os estudantes que se fazem presentes aqui hoje, eu venho debater o PLL nº 084/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que conta com uma Emenda e um Substitutivo conjunto, apresentado por este Vereador e por mim, que diz respeito à Lei da meia-entrada no Município de Porto Alegre.

Alguns Vereadores sabem, há bem mais tempo do que eu, que a luta pela meia-entrada em atividades culturais, em atividades esportivas é uma luta e um direito histórico dos estudantes do nosso País. É um direito, porque nós compreendemos que a educação não se dá apenas nos bancos escolares; a educação não está limitada à grade curricular; a educação se dá de maneira integrada com uma série de atividades que complementam e que formam esse indivíduo durante os anos em que está na escola, na universidade - concluindo e aprendendo -, nos bancos escolares. Em todo o nosso País, nas outras 25 capitais e no Distrito Federal, os estudantes têm o direito ao pagamento de meia-entrada nos cinemas, nos shows, nos jogos de futebol. Por que se concede esse direito aos estudantes? Por que os estudantes - e não qualquer jovem - têm o direito, na nossa opinião, a esse benefício? Porque estão justamente complementando a sua atividade educacional; porque, quando estão na sala do teatro, quando estão assistindo a um filme no cinema, não estão nem praticando e nem sofrendo violência, por exemplo. Quando os jovens, após saírem da sala de aula, vão ao teatro e ao cinema, eles continuam a aprender, ou seja, continuam desempenhando a sua atividade e usufruindo a sua condição: a condição de estudante.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre Verª Manuela, é perfeito o raciocínio de V. Exª, só que a Constituição é contrária ao seu raciocínio. Eu acho que o estudante tem direito a muitas coisas, mas que o Governo lhe dê também! Agora, nós não podemos dar da iniciativa privada. A Constituição diz que não. É por isso que eu fiquei preocupado.

 

A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Ver. Dib, eu respeito a sua preocupação, mas este é um debate que não data dos dias de hoje; ele é anterior à década de 50, quando, em todo o País, os estudantes usufruíam desse direito, e a ditadura militar não cortou o direito, mas acabou com as entidades, fechou as entidades estudantis, e nós não tínhamos mais, então, quem emitisse as carteiras de identidade estudantil. O que acontece? A Constituição de 1988 garante e diz que a educação é um direito de todos, um dever do Estado e da família e ressalta que ela vai ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Na nossa opinião, não estamos adentrando na iniciativa privada, não queremos e não temos o direito nem de cogitar a hipótese de intervir na iniciativa privada, mas estamos gerando um benefício à juventude, aos estudantes do nosso País, e estamos, inclusive, aumentando o número de freqüentadores das casas de shows, das salas de teatro do nosso Município, que vivem esvaziadas pela falta de recursos dos nossos estudantes. E também não estamos adentrando na ordem do que é direito do Executivo, porque nós não estamos dizendo como o Executivo deve administrar, não estamos versando sobre a sua estrutura e seu funcionamento; estamos garantindo um direito dos estudantes que já está dado em todo o nosso País e que, infelizmente, aqui na nossa Capital, nós ainda não podemos usufruir. Mas tenho a certeza de que, após os debates nesta Casa, vamos aprovar e vamos conseguir garantir que os estudantes da nossa Cidade, secundaristas e universitários, tenham uma carteira que garanta, sim, a legitimidade e a sua real identidade e que tenham o direito de usufruir uma garantia que já está dita e exposta na nossa Constituição. A educação é completa e deve ser, sim, cada vez mais integral. Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, venho aqui falar do Projeto de homenagem ao aniversário da Extensão Rural no Rio Grande do Sul, para fazer esse debate com o nobre Ver. João Dib, porque este assunto é absolutamente relevante para todo o Estado do Rio Grande do Sul, em especial para aqueles que trabalham a terra, os nossos agricultores, os produtores rurais, os agricultores familiares e, mais recentemente, aquelas populações incluídas, que antes não tinham políticas públicas que os assistissem, mais especificamente as populações indígenas, os pescadores e os sem-terra, que não tinham políticas oficiais. Mas hoje, especialmente a partir do Governo passado, do Governador Olívio Dutra, o Estado do Rio Grande do Sul passou a atender também com a Extensão Rural essas populações, que ajudaram muito na mudança do perfil socioeconômico do Rio Grande do Sul, pois os progressos todos obtidos sempre tiveram e sempre têm a parceria, o trabalho, a dedicação e a competência da Extensão Rural aqui no nosso Estado.

Em muitos outros lugares do Brasil, em muitos outros Estados, a Extensão Rural foi extinta à época do Governo anterior. O Governo Fernando Henrique fez um trabalho de desmonte também do sistema Embrater – Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural. Isso causa enormes prejuízos às comunidades dos agricultores, que precisam de apoio, de assistência técnica, de extensão rural para difusão das tecnologias e do encaminhamento dos projetos de financiamento aos órgãos públicos, aos órgãos competentes para os financiamentos; são aqueles agricultores mais fragilizados, que não teriam outra forma de contratar serviços de apoio técnico, extensão rural e serviços de apoio à tecnologia a não ser através do sistema subsidiado de extensão pública da extensão rural do Rio Grande do Sul. É importante lembrar que, aqui no Estado, houve uma revitalização a partir do Governo Alceu Collares. O sistema Embrater vinha tendo um grande desmonte; os escritórios municipais eram obrigados a mendigar junto aos Prefeitos a sobrevivência, a subsistência e a parceria que os Municípios têm para com os sistemas de extensão rural, em que os Municípios participam com 20% dos custos. Isso é um preço irrelevante diante da grandeza dos serviços que são prestados. E, a partir do Governo Alceu Collares, houve uma revitalização da empresa, da entidade, da instituição, que agora passou por outros Governos e também manteve o revigoramento, especialmente no Governo Olívio Dutra, que teve uma importância, um destaque, e está mantido agora no atual Governo. Mas a Extensão, como um todo, sofre dificuldades porque é um serviço filantrópico, é um serviço que não objetiva lucros, é um serviço de doação, assistência e apoio àqueles que mais precisam. E agora, neste ano, o serviço de Extensão Rural, sistema ASCAR/Emater está completando 50 anos, e por isso temos a pretensão e o objetivo de homenagear, para marcar esta data, para destacar a importância vital, que é esse serviço público para os agricultores do Rio Grande do Sul. Estão todos envolvidos na produção: os agricultores, os grandes produtores, a agricultura familiar, e, ultimamente também estão incluídos os sem-terra, os pescadores, os indígenas e os quilombolas, que antes não tiveram políticas de atendimento. Então, esse é o nosso objetivo, e esperamos o apoio desta Casa, para que a gente traga para o relevo a importância do debate, da discussão, e se demarque com importância a data desse serviço da mais alta nobreza a todos os gaúchos. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras; Srs. Vereadores; Vereadores do Interior do Estado que nos visitam e demais visitantes aqui na Casa, é de nossa autoria o Requerimento que solicita a esta Casa que realize a sua Sessão do dia 19 de setembro lá no Parque Farroupilha, em homenagem ao Movimento Tradicionalista Gaúcho, movimento este que orgulha a todos nós, orgulha o povo do Rio Grande, o povo de Porto Alegre e o mundo, porque o Movimento Tradicionalista Gaúcho consegue levar os CTGs e o DTGs ao mundo inteiro.

É de nossa autoria também o Projeto que cria o Conselho Superior de Tradicionalismo no Município de Porto Alegre, Conselho este que busca dar um norte ao comportamento, a toda a estrutura do Movimento Tradicionalista, sem tirar, evidentemente, a competência do MTG. Este Conselho pretende agregar e se somar, com um outro objetivo também, à administração do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, mais conhecido como Parque da Harmonia, local este que hoje está abandonado, local que é usado pelos nossos tradicionalistas mais especificamente na Semana Farroupilha.

Este Projeto visa a manter também algo duradouro, que possamos divulgar de forma permanente o nosso tradicionalismo, a cultura, a culinária, os costumes do povo do Rio Grande.

É de nossa autoria também, e sobre ele quero falar, o Projeto que regulamenta o Orçamento Participativo. Em Sessão anterior, houve uma polêmica quando eu falava que era de outra época, era mais moderno. Eu não quis falar em idade de ninguém; muito pelo contrário, quis me referir à crítica de que eu não estava seguindo o discurso e a prática do nosso Prefeito, José Fogaça. Muito pelo contrário, o Prefeito José Fogaça vem cumprindo rigorosamente com os seus compromissos de campanha, e este Vereador, quando traz um Projeto para regulamentar o Orçamento Participativo, busca, sim, somar e não fazer um discurso contundente com a proposta do atual Prefeito. Quero deixar bem claro aqui que, quando disse que era de outra época, era mais moderno, eu quis me referir que não há necessidade de um Vereador da base de Governo pedir autorização ao Prefeito para apresentar Projeto. Foi nesse sentido; jamais quis fazer referência à idade de alguém aqui.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, eu quero cumprimentar e saudar V. Exª Quando V. Exa fala do Movimento Tradicionalista, fala da história do Rio Grande, sem dúvida nenhuma. Se existe um movimento íntegro, limpo, sadio, e familiar, hoje, deste nosso Rio Grande, é o Movimento Tradicionalista. Portanto, quero saudar V. Exª e parabenizar por essa sua brilhante idéia.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Muito obrigado. Eu espero receber apoio dos demais Vereadores, inclusive participando deste Projeto naquilo que nós entendermos que é possível mudar, ali, para agregar. Nós esperamos contar com o apoio dos demais colegas. O Movimento Tradicionalista Gaúcho merece uma atenção redobrada aqui da Capital, porque é aqui que faz o grande desfile da Semana Farroupilha, que é um desfile bonito. Pela estrutura, por tudo aquilo que movimenta, aqui em Porto Alegre, pela quantidade de cavalarianos - aproximadamente 5 mil cavalarianos desfilando -, eu acredito que há necessidade de uma atenção redobrada do Município para valorizar e amenizar o sofrimento dessas pessoas que se organizam, ao longo do ano, para esse desfile do nosso 20 de setembro. Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrada a discussão de Pauta.

Pergunto se alguma das Lideranças gostaria de usar o tempo de Comunicação de Líder? (Pausa.)

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. NEREU D'AVILA (Requerimento): Sr. Presidente, eu solicito que o PLCL n.º 017/04, que trata dos hipermercados e supermercados, seja colocado em primeiro lugar. Ocorre que há um Requerimento, inclusive já encaminhado por alguns Vereadores; só falta a votação?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Praticamente. Se outro Vereador não encaminhar...

 

O SR. NEREU D'AVILA (Questão de Ordem): A minha indagação é esta: estamos em período de encaminhamento?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sim, período de encaminhamento.

 

O SR. NEREU D'AVILA: Só encaminhamentos, então?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós estamos encaminhando.

 

O SR. RAUL CARRION (Questão de Ordem): Exmo Presidente, agora é o Requerimento, só?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sim. Depois poderá ser pedido que se ordene uma nova disposição na votação; não há nenhum problema.

 

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. N.º 74/05 – (Proc. nº 1480/05 – Vereadores Carlos Todeschini, Carlos Comassetto, João Antonio Dib, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste e Maristela Maffei e outros) – requerem Moção de Solidariedade encaminhada à Assembléia Legislativa pela rejeição do Veto oposto pelo Governador Germano Rigotto, ao art. 2.º, § 2.º do Projeto de Lei n.º 027/04 que estabelecia regras gerais para as parcerias público-privadas no Rio Grande do Sul. (incluído em 14-03-05)

 

Observação:

- encaminharam a matéria, em 28/03/05, os Vereadores C.Todeschini, S.Melo, J.I.Heinen, M.d’Ávila, Prof.Garcia e S.Cavedon.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 074/05. (Pausa.)

 

O SR. PAULO ODONE (Questão de Ordem): Sr. Presidente, esta votação, ontem, fazia sentido, porque a Assembléia votaria este Veto ontem. O Requerimento propõe uma Moção de Solidariedade à rejeição do Veto. Acontece que a Assembléia, ontem, como é público e sabido, acatou o Veto do Governador. Portanto é impossível a solidariedade à uma rejeição que não houve, perdeu o objeto. Por isso se torna uma votação impossível de realizar, de votar sim ou a favor de algo que não aconteceu. Considero que perdeu o objeto, fica prejudicada a votação. Pediria até a V.
Exª, se houver dúvida no Plenário, que a Procuradoria da Casa se manifestasse, porque acho que a votação perdeu o objeto.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Carlos Todeschini, V. Exª quer contrapor?

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sim.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Paulo Odone faz uma Questão de Ordem sustentando a perda de objeto da matéria ora em Encaminhamento. É uma questão que, para a Mesa responder à indagação, vai ter de fazer aqui uma análise. V. Exª quer manter? V. Exª pode expender os seus argumentos. V. Exª tem o microfone para tanto.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Posso ir à tribuna?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu teria de admitir o requerimento formulado à Mesa, uma Questão de Ordem feita pela Vereador. O requerimento, a meu juízo, ainda não se perfectibilizou, do ponto de vista formal, para que se façam os encaminhamentos, a favor ou contra. Por isso eu lhe assegurarei a palavra tão logo eu possa responder à indagação formulada pelo Ver. Paulo Odone. Está de acordo, Ver. Todeschini? Ou V.Exª quer contraditar os argumentos? Não há requerimento formal, estou expondo a V. Exª, não foi admitido ainda o Requerimento do Ver. Paulo Odone. V. Exª contra-arrazoa as razões?

O SR. CARLOS TODESCHINI: O assunto está em pauta, como se trata de uma Moção, e, mesmo tendo uma outra Casa tomado uma decisão, é uma matéria que, quanto à natureza e ao mérito, ela se mantém; eu não vejo prejuízo - mesmo tendo sido votada, ontem, lá na outra Casa - de o debate e a Moção continuarem, porque é uma manifestação desta Casa, é o posicionamento dos Srs. Vereadores que vai ser enviado, mesmo já havendo uma decisão sobre o assunto. Portanto, é uma Moção em que há uma recomendação e tem todo o direito de ser encaminhada.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): São argumentos trazidos que contrapõem os argumentos registrados pelo Ver. Paulo Odone.

 

O SR. PAULO ODONE (Questão de Ordem): A razão da minha Questão de Ordem, pedindo a V. Exª que determine a retirada da Ordem do Dia deste Projeto, é no sentido de que se tornou impossível aos Srs. Vereadores exararem seus votos. Eu não posso expressar a minha solidariedade a um fato que não aconteceu, que aconteceu ao contrário; posso até concordar, mas não consigo votar, não posso dar solidariedade à manutenção do Veto se estiver com esse sentido... Uma outra Resolução, com o novo fato que se sobrepôs, sim. Então, esta é impossível de votar. Por isso eu peço a V. Exª que a declare, pela perda do objeto, fora dos autos; e, se houver inconformismo, quem sabe a Procuradoria da Casa depois possa resolver.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A controvérsia está bem demarcada, mas eu ouço o Ver. João Antonio Dib.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu sou um dos signatários do Requerimento desta Proposição, mas nela não vejo mais sentido. Por exemplo, quando se coloca em votação Emendas a um determinado Projeto, quando votamos a Emenda nº 2 e essa prejudica a Emenda nº 4, nós não votamos a Emenda nº 4. Portanto esta matéria já está prejudicada, já foi decidida. A falta de celeridade, neste caso, faz com que a Proposição seja retirada, no meu entendimento, sem nenhuma preocupação.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu preciso decidir a matéria. Evidentemente também poderei ter de fazer algumas consultas, em especial à Procuradoria da Casa. Fica claro e nem precisaria dizer que, do ponto de vista material, a matéria perdeu o objeto; resta a questão do ponto de vista formal, não do ponto de vista do seu objeto material, porque é público, não precisa ser demonstrado, perdeu o objeto.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Só para ajudar na compreensão do debate, não seria a primeira vez que nós discutiríamos e votaríamos Requerimentos já de ordem vencida nesta Casa. Quero lembrar episódios, principalmente em relação a matérias pertinentes a viagens de Vereadores, quando já há data vencida, e elas são colocadas em discussão e em votação. Penso que o conteúdo da matéria não é vencido, o debate político não é vencido, e concordamos, obviamente, com V. Exª, pedindo uma avaliação da Procuradoria da Casa.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, V. Exª abordou com perfeição a matéria. A ausência do objeto anula a ação do sujeito, isso em qualquer raciocínio mais lógico. Em segundo lugar, Sr. Presidente, a questão de que, se em outras vezes houve erro deste Plenário em analisar matérias vencidas, não vamos persistir no erro. E, mais do que isso, parece-me que, quando se trata de uma questão de viagem, a questão da despesa da viagem, essa, sim, não perde o seu valor. Então, acho que os argumentos são absolutamente... perdoe-me a indelicadeza, pecam pela base. Quanto a outra alternativa, se V. Exª quer decidir agora... Acho que está resolvida a questão, senão a proposta de mandar para o Plenário também seria outra alternativa.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu até gostaria que houvesse um consenso de Plenário, se possível for, porque aí – vou fundamentar – permitiria à Presidência...

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: É que são antagônicas, é difícil o consenso no antagonismo.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Mas pode haver um consenso de Plenário, porque aí evitaria que uma decisão da Presidência, da Mesa, criasse um precedente, admitamos, apressado, sobre a matéria, e eu não gostaria, aqui, de expender um juízo sobre a matéria que não fosse um juízo motivado, fundamentado em razões, dada a complexidade da matéria. A matéria é complexa. Perdeu-se o objeto da Moção? Perdeu-se o objeto; essa é a primeira questão. Segunda: a questão formal é ditada pelo Regimento, sustenta-se até certo ponto, sustenta-se como manifestação política. Então, trata-se de uma questão que oferece alguma complexidade, do ponto de vista da interpretação da matéria. Por isso eu apelaria ao Plenário para que se construa um consenso a respeito da matéria. Não sei se haveria um consenso, Ver. Nereu D’Ávila...

 

O SR. NEREU D'AVILA: O consenso que está existindo agora, nobre Presidente, seria o de que, no encaminhamento final, se pronunciasse um de cada posição e passássemos à votação.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Perfeito, eu agradeço a V. Exª, isso evita que tenhamos de expender um juízo de valor a respeito da matéria, Ver. João Antonio Dib, e constituir um precedente.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu, como signatário, não concordo.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Bem, conforme está, aqui mais ou menos consensualizado, nós vamos oferecer, a critério do Plenário, duas inscrições, uma a favor e outra contra, a respeito da matéria, e vamos votá-la sem oferecer juízo jurídico sobre ela.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, V. Exª sabe do grande respeito que lhe tenho, mas eu não vejo cabimento para que um Plenário de uma Câmara de Vereadores vote uma Moção relativa a um Veto que já foi resolvido e não há mais nenhuma razão para que essa Moção seja votada, a não ser o interesse político que o PT ainda vê e que, infelizmente, faz tremer as estruturas desta Casa! Infelizmente! Eu realmente sempre vi V. Exª como um homem corajoso, um homem competente e sábio. Fico triste, hoje, Vereador-Presidente, quando vejo que V. Exª cede a essas exigências do PT para que não tumultuem o Plenário, como sempre costumam fazer os Vereadores que pertencem a este Partido.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu gostaria de dizer que já há um consenso, o Presidente se exime de fazer um juízo específico, regimental e jurídico a respeito da matéria. E, portanto, oferece a palavra, em dois tempos, para que, logo após, se submeta à votação o Requerimento n.º 074/05.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 074/05.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, expectadores do Canal 16, público das galerias, eu fiz questão, e a nossa Bancada fez questão de insistir em fazer este encaminhamento, este posicionamento, ainda que a matéria, como objeto, já tenha sofrido um grande prejuízo, pois a votação deveria ter sido feita na segunda-feira, mas houve a retirada do quórum, no final da tarde, e a votação lá na Assembléia se deu no dia de ontem.

Pois bem, senhoras e senhores que nos assistem, o tema Parceria Público-Privada é um tema em debate nacional, que tem uma grande importância para algumas áreas que foram completamente destruídas no Brasil, como é o caso das estradas federais, por exemplo, que o Governo passado abandonou 30 mil quilômetros de estradas, deixando-as completamente deterioradas; como a falta de investimento em energia elétrica quando tivemos apagão; como a falta de investimento em infra-estrutura básica para o País.

Não existe outro remédio que consiga recuperar o atraso a não ser a modalidade da Parceria Público-Privada, o que ensejou que o Presidente Lula enviasse um Projeto ao Congresso Nacional para atrair investimentos, um Projeto genérico e importante para o País.

O que lutamos e debatemos é que água e saneamento não devem ser objetos de parceria público-privada, porque aí estão envolvidos a cobiça, o lucro, a ganância, os poderosos interesses dos banqueiros internacionais e os poderosos interesses das multinacionais, que não passam de três, que querem dominar os serviços da água no mundo: a Suez, a Vivendi, a Thames Water, do Reino Unido, e, talvez, as empresas amigas de George Bush, que agora estão reconstruindo o Iraque, as mesmas que foram lá, se apropriaram e se adonaram da água dos rios, da água da chuva, da montanha de neve, em Cochabamba, e também no Chile.

E o Governo do Estado entra nessa cantilena! A gente sabe que há outros negócios por trás que não são revelados, e querem fazer e aprovar à força, com todo o jogo de pressão às Bancadas para que aprovem a Parceria Público-Privada para tornar um bem essencial, um serviço de primeira necessidade, como é o caso da água..., e, no momento, até passamos por uma grande seca, por um grande sofrimento, por um grande martírio! E fazem desse martírio, agora, um objeto de lucro, um objeto de ganância, de geração de dividendos para os gananciosos.

A minha posição é clara também em relação ao Governo Federal, nesse tema, e lutamos através do SEMAE, dos Congressos da ABIS, de todos os eventos, para que a água não fosse incluída na Parceria Pública-Privada, porque a água não pode ser objeto de lucro, não pode ser objeto de ganância, não pode ser objeto da cobiça dos interesses dessas corporações multinacionais, do Banco Mundial e do FMI. É isso que está, na verdade, por trás desse jogo, que o Governador impiedosamente não deu atenção, foi insensível e incapaz de ver, e aí vem com o argumento de que, àqueles que não têm água, a água vai ser fornecida pela Parceria Pública-Privada.

Isso é uma falácia! É mentiroso! Porque a água fornecida na modalidade de Parceria Público-Privada, o saneamento feito nessa modalidade, custa, no mínimo, o dobro. A CORSAN tem, muito bem, condições, assim como o DMAE já fez, de estender a água para cem por cento da população com o dinheiro que é cobrado através de tarifas. As tarifas têm capacidade de sustentar esses investimentos, e, se o público faz, consegue fazer pela metade do preço.

É disso que nós estamos tratando e, portanto, esse negócio de incluir à força a água na Parceria Público-Privada, certamente, resguarda, acoberta negócios escusos que estão sendo feitos entre o Governador, seus agentes e as multinacionais que tanto querem se apoderar da água, do serviço da água e do saneamento, e tirar, das necessidades primeiras da vida humana lucro, fazer disso objeto de ganância e de controle dos interesses dos poderosos.

É por isso que, mesmo prejudicado, nós fizemos questão de vir aqui e manter a votação para ouvir, sim, o posicionamento desta Casa, porque é importante, porque esta é uma Casa política, porque esta é uma Casa que decide os rumos e os destinos da nossa Cidade e da nossa gente. Muito obrigado, um abraço a todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Paulo Odone está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 074/05.

 

O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria subir aqui para encaminhar uma Moção, realmente, de solidariedade à Assembléia por ter acatado o voto do Governador Rigotto, e assim o faço.

Vi que a Assembléia seguiu um pouco a orientação dessa aliança do Governador e do nosso Presidente Lula, que esteve visitando o nosso Estado na seca, penalizado com a seca atingindo os nossos agricultores excluídos e, depois, no Nordeste, foi muito claro nesse tema. Disse o nosso Presidente Lula: “O povo não quer saber quem é que lhe dá água. Se o recurso é público ou privado, estrangeiro ou nacional. O povo quer saber é se tem água saneada para beber.”

Talvez, Sr. Presidente, eu devesse interromper para esperar este pequeno “simpósio” da Bancada do PT e da oposição.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Permita-me, Ver. Paulo Odone, eu solicitaria aos Srs. Vereadores que, como há um orador na tribuna, se faz necessário as condições para que o orador possa desenvolver o seu trabalho. Pediria que colaborassem com a Direção dos trabalhos, bem como com o orador que se encontra na tribuna. Tem V. Exª o seu tempo descontado pela interrupção, nobre Ver. Paulo Odone.

 

O SR. PAULO ODONE: Agradeço a V. Exª e aos Srs. Vereadores. Talvez, seja duro à Bancada, por exemplo, do Partido dos Trabalhadores ouvir as palavras do seu chefe máximo, o Presidente da República. E é duro ela propor Moção, aqui, de desagravo ao Governador Rigotto, quando está atingindo o Presidente da República. E eu vou repetir o que ele disse aqui, Ver. Adeli Sell, V. Exª que é um homem mais aberto: “O povo, meus irmãos, não quer saber se o recurso é público ou privado, internacional ou nacional, quer saber é se tem água para beber com saúde, saneada e quer saber se tem água até para a sua plantação.”

Eu acho que o Presidente Lula exagerou um pouco, eu já queria limitar as coisas ao nacional e a um certo controle público. Não tenho problema que o recurso seja privado e controlado pelo Estado, ele já abriu mais, ele quer é apenas que tenha água, não importa quem é que está pondo lá. Não sou tão aberto assim, não sou tão “Palocci” assim de achar que juro alto e bater recorde e recorde de superávit primário, um aluno tão excelente como esse, que fez com que o FMI tirasse as algemas; voa sozinho passarinho. Vocês exageram, eu peço 3% de dinheiro da Saúde, dos excluídos para o superávit e vocês me arrumam 6, 7, 8%. Não preciso mais do FMI, é a política monetarista melhor do mundo, vocês sabem, o Presidente manda buscar dinheiro para dar água de qualquer um. É assim que se faz um País. Eu acho que ele exagerou. Mas vejo que ele não tem repercussão na sua Bancada nesta Casa. E esta aliança que o Presidente propõe com o PMDB nacional, e me desculpem os companheiros do PMDB, vai ser dura quando tiver a verticalização aqui no Estado, porque aqui não se cumpre, aqui se dá um pau no nosso Governador Rigotto por propor muito menos do que o Presidente está propondo lá com a água. Eu acho que o Governador Rigotto está certíssimo. E a minha solidariedade à Assembléia é total, acatou o Veto.

Agora, ao dar isso, eu quero dizer que, pelo menos, se querem rejeitar com este pragmatismo o Governador Rigotto, olhem para o seu umbigo e olhem o que o Presidente da República diz, propõe e faz. Esta é a realidade que nós estamos vivendo. E esta transparência, está na hora do PT acabar com esta esquizofrenia política, tem de enfrentar isso. Só é bom lá? É ruim aqui? Expliquem-me isso: a PPP é boa em Brasília, e ruim aqui? O FMI é bom para o Lula e é ruim para o FH? O superávit fiscal é bom no Governo Lula, é ruim nos outros Governos? Senão, eu vou ter que chamar como testemunha, aqui, a Deputada Luciana Genro, que é a única que eu vi que manteve a coerência. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Verª Maristela Maffei, houve um consenso do Plenário que estabelecia duas falas, uma fala a favor e outra fala contrária. Portanto, nós temos que submeter à votação, sob pena de quebrarmos o consenso, o acordo feito em plenário.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o Requerimento nº 074/05. (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 13 votos SIM, 15 NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Suspendo os trabalhos por alguns minutos para que os Srs. Vereadores e as Sras Vereadoras proponham à Mesa uma ordem na votação.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h22min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães - 15h24min): Estão reabertos os trabalhos.

A Mesa apregoa a Emenda nº 03 aposta ao PLCL nº 017/04, de autoria dos Vers. Nereu D’Avila, Sebastião Melo e Raul Carrion.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Raul Carrion, que solicita a retirada da Emenda nº 01 ao PLCL nº 017/04, bem como a dispensa do envio da Emenda nº 03 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 3 ao PLCL nº 017/04 às Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro que a ordem de votação seja, em primeiro lugar, o PR nº 067/05; depois, o Requerimento nº 003/05, com o seguinte acordo de Lideranças feito em plenário: só a autora do Requerimento vai encaminhar a votação da matéria, e, em terceiro lugar, nós entraríamos no PLCL nº 017/04, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol.

 

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Sebastião Melo, solicitando a inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 1213/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 67/05, de autoria da Mesa Diretora, que extingue e cria cargos no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relatora-Geral Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 30-03-05.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 067/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com a abstenção do Ver. João Antonio Dib.

 

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. N.º 003/05 – (Proc. nº 0110/05 – Ver.ª Manuela d'Ávila) – requer a constituição de Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude. (incluído em 30-03-05)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 003/05. A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 003/05.

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, aqueles que nos assistem nas galerias e pelo canal da TVCâmara, esta proposição nossa, este Requerimento de constituição de Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude foi a primeira idéia que trouxemos para esta Casa; ainda antes da posse, começamos a refletir e a idealizar a possibilidade de termos aqui dentro um espaço de reflexão, de estudos, de aprofundamento, de entendimentos acerca de qual é a juventude que temos em Porto Alegre, quais as suas necessidades, quais as possibilidades de contribuírem para o desenvolvimento do nosso Município, quais as leis que já existem e que podem contribuir para o melhor desenvolvimento no nosso Município dessa juventude; quais e quantas outras poderiam ser pensadas para o pleno desenvolvimento da juventude da nossa Cidade.

Portanto, quando encaminhamos o Requerimento referente à Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude, tomamos como exemplo a Comissão Especial que existiu em Brasília, quando todos os Partidos políticos foram representados naquela Comissão Especial, despindo-se, então, das disputas que estavam dadas e que são permanentemente dadas na Câmara de Deputados, e passaram a pensar coletivamente, a elaborar uma plataforma, um plano e um estatuto nacional para a nossa juventude.

Nós achamos que Porto Alegre também, como outras tantas cidades do nosso País, vive as conseqüências desse processo de debate nacional acerca da necessidade de políticas públicas para os jovens e para as jovens do nosso País. A nossa Cidade, com a sua histórica responsabilidade, com a sua mundialmente conhecida tradição de solidariedade, a sua mundialmente conhecida visão da construção de um outro mundo, não se pode furtar de fazer esse debate. Nós já tivemos a iniciativa, que foi aprovada consensualmente por este Plenário, da criação de um órgão público no Executivo, que trate exclusivamente, que pense exclusivamente as questões da juventude. Mas nós, aqui no Poder Legislativo, não podemos nos furtar das nossas responsabilidades. E, portanto, nós achamos que este é um espaço imprescindível, um espaço de todos nós, juntos, com todos os esforços somados, porque sabemos que todos são sensibilizados pelos problemas e pelas soluções que a nossa juventude nos apresenta.

Nós acreditamos que, com a pluralidade que esta Casa representa, como espaço mais plural dos Poderes do nosso Município, que é o caso do Poder Legislativo, aqui poderemos desempenhar um grande trabalho e refletir acerca dessas políticas. Este será o espaço, por exemplo, para refletirmos a respeito da criação de um Conselho Municipal de Juventude, em quais termos, quais relações nós acreditamos que esse Conselho deve estabelecer com a Secretaria Municipal de Juventude; quais representantes e como esses representantes devem chegar ao Conselho, porque nós sabemos que a juventude tem características próprias para se organizar.

Mas esta Comissão tem outra característica particular, na minha opinião, que deve ser ressaltada, ao ser aprovada - e tenho a convicção de que ela será aprovada por todos os nobres colegas -: ela deve ter o espaço para cada um de nós, todos nós que estamos aqui dentro, mesmo nós, que somos chamados os da Bancada jovem, eu, o Maurício e o Márcio, para ouvirmos a juventude, porque nós não vamos conseguir construir nunca políticas públicas eficientes para a juventude sem escutar essa juventude, conhecendo essa juventude e contando, fundamentalmente, com o apoio dessa juventude para a sua execução, para a sua aplicação, para a vida real dessas políticas que, muitas vezes, estão apenas no papel e cujos resultados não conseguimos ver na prática.

Estes são, portanto, os objetivos e a compreensão que temos e que tivemos ao requerer a Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude, neste Parlamento. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento n.º 003/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5767/04 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 017/04, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que altera os arts. 1.º e 2.º da Lei Complementar n.º 462, de 18 de janeiro de 2001, que dispõe sobre a construção de novas lojas de varejo de gêneros alimentícios (supermercados e hipermercados) em Porto Alegre, passando para 2.500m2 o limite permitido com a área computada, bem como a edificação deverá destinar espaço para sanitário e vestiário dos funcionários, depósito e carga/descarga coberta. Com Emenda n.º 01. (Desarquivado pela Ver.ª Maristela Maffei).

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Nereu D'Avila: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1.º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do em 30-03-05.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLCL n.º 017/04. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/04.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, meus colegas Vereadores, minhas colegas Vereadoras, a nossa saudação afetiva e calorosa. Esta matéria, Vereador-Presidente, na verdade, ela quase foi votada no final da Legislatura passada, quando, naquele acordo de Lideranças, alguns Projetos foram aprontados para serem votados até o dia 15. E, no final, por alguns desacertos ou por falta de tempo, alguns Projetos acabaram não sendo votados; este foi um deles, que é o que aumenta a área construída dos supermercados e mercados de 1.500 para 2.000 metros quadrados. Especialmente eu vejo que, meu querido Ver. Airto Ferronato, esta Lei foi construída, em 1991, por um grande Vereador que presidiu esta Casa, o Ver. João Motta, que fez várias audiências públicas, que fez grandes consultas à Cidade e construiu uma lei, Ver. Paulo Odone, que, na nossa avaliação, é uma lei inteligente, porque ela fortalece a economia local, fortalece os empreendedores que aqui nasceram, construíram, lutaram, foram pequenos e foram se tornando, evidentemente, parceiros desta Cidade.

Ora, quando se votou esta Lei, chegou-se à conclusão de que 1.500 metros quadrados para o limite de área era o tamanho ideal. E as experiências, de lá para cá, estão nos dando conta, Ver. Nereu D’Avila, de que é necessária uma ampliação para um melhor atendimento. Mas não poderia ser uma ampliação tão grande, porque isso também descaracterizaria o Projeto original. E, portanto, o Ver. Reginaldo Pujol entrou com este Projeto de Lei que aumenta de 1.500 para 2.500 metros quadrados, porque dizem os empreendedores, por exemplo – aqui não está computada a garagem -, que as casas de máquinas dos supermercados utilizam, Verª Neuza Canabarro, um grande espaço; e isso estava dentro da área de 1.500 metros. Então, na verdade, a área computável para a circulação não é os 1.500 metros, é bem menos, porque tem que ter o chamado apoio para o supermercado. Então, evidentemente, que, na nossa avaliação, este Projeto é importante para a vida da Cidade. Nós queremos nos manifestar favoravelmente a este Projeto, no sentido de que ele seja aprovado nesta Casa. Nós achamos que ele tem um cunho, um veio, um acúmulo de debates muito importante. Nós acreditamos que não se deve liberar de forma generalizada, porque isso, evidentemente, nós estamos a discutir, como ocorre, por exemplo, com o nosso Plano Diretor, cuja matéria, talvez, seja a mais importante Verª Margarete. Vossa Excelência estava lá, hoje, discutindo, por exemplo, as Áreas de Interesse Cultural, as quais parecem não ter nada a ver com isso, mas têm a ver com isso também; o Plano Diretor é um conjunto de ações. E nós achamos que esses empreendimentos têm a ver, sim, com a vida da Cidade.

Então, nós achamos que Porto Alegre está bem servida – eu, pelo menos, sou daqueles que pensa assim –, Ver. Todeschini, com a rede de supermercados. E essa ampliação vai possibilitar que determinados empreendimentos aumentem sua área em 100, 200, 300, 400 metros, Ver. Brasinha - não vai chegar aos 2.500 metros, mas vai possibilitar, por exemplo, que o Santa Rita, lá no extremo Sul da Cidade, que tem uma extraordinária freqüência de pessoas que vêm da Restinga, da Ponta Grossa, do Belém Novo, do Belém Velho, possa ampliar, quem sabe, sua área, que hoje é de 1.500 metros, em 300, 400 metros, podendo chegar até 2.500 metros quadrados -, mas não vai possibilitar que os grandes empreendimentos matem todos os pequenos empreendimentos. Esta Cidade tem uma rede de 50 mil comerciários e tem um pequeno comércio muito forte que sustenta a sua família, que se sustenta numa economia muito pujante, porque ela tem essa malha forte nesse comércio intermediário.

Então, eu acho que esta Lei tem uma boa sustentação e nós queremos, aqui, defendê-la com muita firmeza, Sr. Presidente. Nós achamos que esse é um Projeto importante para a vida da Cidade. Ele possui algumas Emendas que estão sendo distribuídas, as quais nós teremos a oportunidade de discuti-las, se houver destaque, ou não, que serão analisadas, no seu momento oportuno, que qualificam ainda mais este Projeto.

Portanto, eu queria, como primeiro orador inscrito para discutir esta matéria, cumprimentar o Ver. João Motta, o qual fez uma grande Lei, trouxe experiência, Ver. João Dib, de vários países para um debate aqui. Eu me lembro disso e fiz uma leitura, evidentemente que dinâmica, de todo o seu processo, então, eu quero dizer da importância, na nossa avaliação, deste Projeto. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/04.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Presidente, Ver. Elói Guimarães; demais Vereadores e Vereadoras, eu queria compartir da mesma opinião do Ver. Sebastião Melo quando ele diz que agiu bem esta Casa ao decidir não votar, no final do ano passado, este Projeto, Verª Neuza, que ingressou no dia 15 de dezembro de 2004, portanto, no dia de entrada em recesso da Casa, e não tramitou.

Tivemos um Parecer da Procuradoria no dia 27 de dezembro, e, como tivemos uma Sessão Extraordinária, pretendíamos votá-lo, mas diversos Vereadores entenderam que, pela importância do assunto, não cabia essa votação.

É preciso dizer que este Projeto do Ver. Reginaldo Pujol altera a Lei de iniciativa do Ver. João Motta, que foi aprovada no final de 2000, procurando preservar os médios e pequenos empreendimentos comerciais desta Cidade. Ela surge em cima da discussão da instalação do Carrefour na Zona Norte e da resistência da população e dos empreendedores da Zona Norte frente ao risco da quebradeira geral e da criação de um problema social na região. Então, além das compensações que são exigidas do novo empreendimento, é elaborada uma Lei que proíbe, na cidade de Porto Alegre, empreendimentos comerciais com área acima de 500 metros quadrados, ressalvando um perímetro determinado, onde já existem grandes empreendimentos, em região mais central da Cidade e algumas adjacências.

O Projeto de Lei do Ver. Pujol passa o limite de área de 1.500 para 2.500 metros quadrados. Mas não só isso, Ver. Ferronato; na Lei do Ver. João Motta dizia o seguinte (Lê.): “Excetuam-se dessa situação os empreendimentos que já estão em tramitação, têm aprovado o Estudo de Viabilidade Urbanística, bem como aqueles processos que já tenham sido analisados pela SMAM e que tenham o respectivo termo de referência na data de entrada em vigor da Lei.” Só que a data de entrada em vigor da Lei foi 18 de janeiro de 2001, e o Projeto do Ver. Pujol dizia: ”... Na entrada em vigor desta Lei.” Só que esta Lei entrará em vigor em 2005. Então nós estaríamos reabrindo, por quatro ou cinco anos, a possibilidade de os Projetos serem examinados, ou seja, a porta seria escancarada.

Por isso nós fizemos uma primeira Emenda, na qual limitávamos a data da Lei anterior. Agora nós retiramos esta Emenda, porque fizemos conjuntamente – eu, o Ver. Nereu e o Ver. Sebastião – outra Emenda, e nela foi incluída essa definição de data. Qual é a essência dessa Emenda minha, do Ver. Sebastião e do Ver. Nereu? Primeiro, limita essa data para 18 de janeiro de 2001. Segundo, o Projeto do ex-Vereador Pujol também dizia que “os já existentes estavam liberados”. E se houver um empreendimento, Ver. Brasinha, de 200 metros quadrados, a Wal-Mart compraria e colocaria 10 mil metros quadrados. Não havia limite. Ou então havia empreendimento de 2.500 metros quadrados, e a pessoa aumentaria para 10 mil. Então esta Emenda diz duas coisas (Lê.): ”Parágrafo 1º - Para os empreendimentos já existentes, com área computada maior do que 2.500 metros quadrados, localizados fora da área descrita no parágrafo 1º do art. 1º, fica vedado o aumento desta área.” Não vamos demolir. Fica lá com 5 mil, com 6 mil metros quadrados, mas não poderão aumentar, porque o limite passa a ser 2.500, salvo o que já for maior, mas não poderão aumentar mais ainda. E aqueles que tiverem menos de 2.500 metros quadrados poderão ampliar, mas até 2.500 metros quadrados. Porque senão nós colocaremos o limite de 2.500, mas o que tinha menos do que isso poderia subir para 10 mil metros quadrados, porque já era existente, e o que já tinha mais de 5 mil poderia subir para 20 mil metros quadrados. Então, eu creio que esta Emenda é justa, construída junto com esses Vereadores, tem o apoio de muitos outros. Há uma Subemenda que, talvez, no encaminhamento possa ser esclarecida, porque na Emenda colocada tem de haver os dois estudos e algumas informações técnicas e, às vezes, com um desses estudos já poderia estar tramitando, vamos colocar “e/ou”. Depois há uma Emenda do Ver. Comassetto – que parece vai comentá-la - e da Verª Maristela que também determina o que é área construída e dá um prazo para regularização daquelas que estavam fora dos parâmetros, desde que no limite de 2.500 metros quadrados. Creio que com essas modificações poderemos votar este Projeto e resguardaremos, por um lado, o espírito da Lei original e, por outro, flexibilizaremos um pouco a dimensão, até por pedido dos pequenos e médios comerciantes. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. Sebastião Melo, para que seja votada em destaque a Subemenda nº 01 à Emenda nº 03 ao PLCL nº 017/04 (Lê.): “Incluir a expressão abaixo no final da redação do §1º do art. 2º: ‘exceto os já protocolados’. Justificativa da tribuna. Sala das Sessões, Maristela Meneghetti.”

Apregoamos a Emenda nº 04 ao PLCL nº 017/04 (Lê.): “Acrescenta dois novos parágrafos ao art. 2º, conforme segue: Art. 2º... ‘§... Considera-se área construída as áreas constantes do Cadastro Imobiliário da Secretaria Municipal da Fazenda ou do projeto aprovado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. §... Para efeito dos parágrafos anteriores os prédios existentes irregulares deverão ser regularizados no prazo máximo de 18 meses a partir da data da publicação desta Lei.’” Subscreve a referida Emenda a Verª Maristela Maffei e o Ver. Carlos Comassetto.

A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/04.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, nós estamos discutindo um Projeto que não é de menor importância para a cidade de Porto Alegre.

Levando em consideração o que está estabelecido no Plano Diretor, que nós aprovamos aqui no final de 1999, principalmente salvaguardando as áreas previstas de referência prioritária para os pequenos e médios empreendedores - longe de sermos sectários no sentido de acharmos que a nossa Cidade tem uma configuração, tem uma relação com grandes e médios empreendimentos -, nós, com bom senso, concluímos pela aprovação do Projeto no sentido de fazer algumas verificações necessárias para as quais nós não estávamos atentos naquele momento.

Está bem claro no Plano Diretor que, após três anos, nós faríamos uma revisão nessa Lei, que, especificamente, não foge a essa questão a qual tem de estar adequada. Não vou aqui entrar no mérito técnico, até porque há pessoas aqui muito mais capacitadas, mas nós estamos muito bem assessorados - aproveito para cumprimentar a nossa sempre arquiteta Inês d´Ávila, que já foi da SPM, teve toda uma relação com a Cidade, com a sua população, durante 16 anos. Portanto, vamos votar com a tranqüilidade e com a responsabilidade necessárias no sentido de fazer com que a nossa Cidade possa comportar aqueles que têm um olhar voltado para ela, que nela investem, mas também salvaguardar o bom desenvolvimento dos pequenos e médios empreendedores, que são, com certeza, a grande maioria que faz deste Município, deste Estado, deste País, grandes geradores de empregos, de mão-de-obra, o que nos dá muito orgulho. Há muito tempo nós não consensuamos dessa forma.

Então me parece que, com esse olhar de preocupação para com a nossa Cidade, trilhamos um caminho conjunto naquilo que diz respeito à soberania e à independência deste Poder Legislativo, do Poder Executivo, mas principalmente daquilo que emana do povo. Nesse sentido, senhoras e senhores, vamos votar, sim, favoravelmente, salvaguardando algumas Emendas, votaremos favoravelmente a este Projeto. É isso que eu tinha para dizer. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCL n° 017/04.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, este Projeto tem como objetivo igualar Porto Alegre ao que já está acontecendo nas maiores capitais do mundo. Quando nós começamos a discutir a possibilidade de limitarmos o tamanho dos estabelecimentos comerciais a serem construídos nas regiões mais centrais da Cidade, nós estávamos tentando acompanhar uma tendência mundial, exatamente aquela de não permitir que grandes estabelecimentos - grandes supermercados, grandes shoppings – instalassem-se nas regiões mais centrais da Cidade, comprometendo a infra-estrutura, fazendo com que nós tenhamos a morte dos pequenos, porque sempre que um grande estabelecimento se instala em determinada região da Cidade ele acaba atingindo os pequenos.

Aqui não se trata de uma reversão, mas de uma acomodação, uma arrumação de alguma coisa que foi feita, que não ficou muito bem e que precisava ser corrigida.

Diminuiu-se muito. Antigamente se podia construir em qualquer metragem; aí se diminuiu, Ver. Nereu; agora, com sapiência, é reapresentado um Projeto, de autoria do ex-Vereador Reginaldo Pujol, agora Deputado Pujol, que propicia o aumento da área construída para 2.500 metros quadrados. Mas entraram algumas Emendas, que, eu acho, Ver. Dib, vieram favorecer aquilo que se pretende com relação ao Projeto. Uma outra Emenda, eu vou pedir para a minha amiga Verª Maristela Meneghetti que a retire, porque ela não contribui para esta discussão, ela não é boa para a nossa discussão; ela vem, na verdade, na contramão daquilo que nós queremos regrar. E não somos apenas nós, Vereadores, eu acredito que todas as pessoas interessadas em organizar a Cidade querem que haja um regramento. Na Emenda da Verª Maristela Meneghetti, o que acontece é que aquela limitação que está sendo imposta pela Emenda do Ver. Nereu D’Avila, não permitindo que se possa fazer aumentos maiores do que os 2.500 metros quadrados. Aqueles que têm estabelecimentos menores podem chegar até 2.500, mas quem já tem 2.500, ou quem vai se estabelecer com 2.500, não pode ir além. Na Emenda da Verª Maristela Meneghetti, do jeito que ela está apresentando, Ver. João Dib, aqueles que já têm protocolado o pedido vão poder aumentar de forma desmesurada; e eu acho que essa não é a idéia da Casa.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador-Presidente, eu me inscrevo e cedo o meu tempo ao Ver. Luiz Braz, e peço, ao mesmo tempo, um aparte. Eu, hoje, realmente estou satisfeito, Ver. Luiz Braz, porque, quando eu tentei aprovar este Projeto, documentando com o mercado de Portugal, França, Estados Unidos, Bélgica e tantos mais, não consegui nem ser entendido, mas eu acho que hoje se faz justiça, e o Projeto aprovado com a Emenda dos Vereadores Nereu e Sebastião, acho que resolve bem o problema. Eu cumprimento Vossa Excelência.

 

O SR. LUIZ BRAZ: V. Exª, que já foi Prefeito desta Cidade, conhece tão bem esta Cidade, e agora com esta contribuição legislativa que V. Exª dá, já há longo tempo, aqui nesta Casa...

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra por mais cinco minutos por cedência de tempo do Ver. João Antonio Dib.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Eu não pretendo gastar todo o tempo cedido pelo Ver. João Dib. Agradeço muito, Ver. João Dib, pela cedência do seu tempo. O que eu estou tentando, Vereador-Presidente, é ganhar tempo suficiente para que a Verª Maristela Meneghetti, com a qual eu conversei antes de vir à tribuna - eu não vim à tribuna antes de conversar com a Verª Maristela -, possa repensar a sua Emenda, Ver. João Dib, e retirar a sua Emenda, porque ela, na verdade, - eu vou usar um termo ameno -, não vai contribuir com aquilo que se quer fazer aqui, hoje. O que se quer fazer é: 1.500 metros quadrados não está bom, então, se aumenta para 2.500. Dois mil e 500 metros quadrados está bem, mas acontece o seguinte: na Legislação atual, pode alguém se estabelecer com 2.500 e aumentar depois. Então, a Emenda do Ver. Nereu veda essa possibilidade de alguém querer aumentar para mais de 2.500 metros quadrados. Então, a Emenda do Ver. Nereu diz o seguinte: aqueles que têm menos de 2.500 - para que eles não fiquem, também, simplesmente imobilizados -, podem aumentar até 2.500 metros quadrados. Então, eu acho que, na verdade, fica bom. Nós não castramos aquelas pessoas que pretendem, de uma forma ou de outra, contribuir para se colocar um bom comércio em nossa Cidade. Nós, Ver. Melo, neste Projeto e naquele Projeto que foi votado no ano passado, estamos, aí sim, protegendo os pequenos, porque, quando você não permite que grandes estabelecimentos se coloquem nas regiões mais centrais da Cidade, você protege o pequeno comércio que também está ali no entorno. Quando você tem grandes estabelecimentos comerciais se instalando nas diversas regiões da Cidade, o que acontece é que você está matando os pequenos naquela região.

Então, vou aproveitar que a minha amiga Verª Maristela Meneghetti entrou no plenário e vou fazer um pedido aqui da tribuna, que já fiz a ela pessoalmente, que ela pense, retire a Emenda que ela colocou, a fim de que nós possamos votar este Projeto praticamente com a unanimidade de todos os votos, e votando na proposta principal do Projeto e nas Emendas que foram apresentadas, que foram no sentido de moldar, de dar uma terminação melhor para essa idéia de se organizar a colocação dos estabelecimentos comerciais nas regiões mais centrais de nossa Cidade. Então, fica aqui o meu pedido. É um pedido que eu não costumo fazer, mas é quase que uma ousadia, porque, afinal de contas, é adentrar na esfera de competência do outro Vereador, mas eu faço um pedido à Verª Maristela Meneghetti, até pela admiração que tenho por ela e sabendo que ela também está interessada em votar esta matéria da melhor forma possível. Peço que ela retire a sua Emenda, a fim de que nós possamos votar este Projeto na sua integralidade, com todas as Emendas que foram apresentadas. Muito obrigado, Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Há um Requerimento solicitando a retirada da Emenda nº 04 ao PLCL nº 017/04, já deferida pelo Presidente. Vou ler o conteúdo da Emenda nº 04 (Lê.): “Emenda nº 04. Art. 2º... ‘§...Considera-se área construída as áreas constantes do Cadastro Imobiliário da Secretaria Municipal da Fazenda ou do projeto aprovado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. §... para efeito dos parágrafos anteriores os prédios existentes irregulares deverão ser regularizados no prazo máximo de 18 meses a partir da data da publicação desta lei.’”

A Emenda é subscrita pela Ver. Maristela Maffei e pelo Ver. Carlos Comassetto. Está sendo retirada.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/04.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, acho que a matéria é extremamente relevante para a cidade de Porto Alegre. Ela está bastante bem discutida, nesta tarde; deu para compreender todo o processo. A Emenda nº 4 foi retirada; a Emenda nº 3 é uma Emenda de consenso, com assinatura de diversos Vereadores, e eu assomo à tribuna porque confesso que gostaria de estar mais bem esclarecido sobre a Subemenda nº 01 à Emenda nº 3, de autoria da Ver. Maristela Meneghetti. Confesso que não compreendi o teor desta Emenda.

 

O Sr. Nereu D’Avila: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Primeiro, quero saudar a sua volta a esta Casa, eminente Ver. Airto Ferronato, que já foi nosso Presidente, colega e amigo pessoal, que tenho a honra de cultivar há muito tempo. Queria lhe explicar em duas frases. Na verdade, o que está acontecendo aqui na Câmara hoje é o seguinte: quando o Ver. João Motta apresentou a Lei Complementar, hoje, nº 462, estabeleceu 1.500 metros quadrados, inclusive, computados banheiros, depósitos para carga e descarga, enfim, tudo computado, 1.500 metros quadrados. Estamos hoje aumentando para 2.500 metros quadrados para blindar a Cidade agora que cresceu com essa metragem. Bom, então, a partir de agora, quem quiser, só chega em 2.500 metros quadrados. Como ficaram algumas lacunas daquela Lei, até a imprensa publicou que, se V. Exª tinha um terreno de 10 mil metros quadrados e área construída de 500 metros quadrados, V. Exª podia, apesar da Lei do Ver. João Motta, a Lei Complementar, ampliá-la além dos 1.500 metros quadrados, e isso está sendo vedado hoje. Ou seja, pela nossa Emenda, assinada pelo Ver. Sebastião Melo, por nós e pelo Ver. Raul Carrion, a partir de agora, são 2.500 metros quadrados, se for aprovada, incluindo depósito, banheiros, sanitários, enfim, todas as áreas nos 2.500 metros quadrados. A Vereadora está, com a sua Emenda, reservando área para quem poderá burlar a Lei, ou seja, abrindo a porteira. Com todo o respeito à nobre Vereadora, por quem tenho a maior simpatia, ela está desbloqueando o que nós queremos vedar.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Porque se a Lei define 1.500 metros quadrados como máximo lá em 2001, se hoje nós estamos autorizando até 2.500 metros quadrados, e se nós inserirmos “exceto os já protocolados”, significa, então, que existe hoje protocolo por pedido superior a 2.500 metros quadrados, pela Redação, a não ser que eu não tenha entendido a Redação.

 

O Sr. Nereu D'Avila: Pode até ser bem-intencionado, mas eu não sei se são 2.500 metros quadrados, se são três, se são dez, se são vinte. O que eu sei, por exemplo, é que uma grande multinacional, a maior do mundo, a Wal-Mart, já, de helicóptero, percorreu Porto Alegre para ver as áreas disponíveis, e aí eu não sei o que pode ser feito. Então, eu acho que Porto Alegre não é área sem lei, não é área desprovida de vedações absolutamente compatíveis com o crescimento que a Cidade se permite. Então, com relação a 2.500 metros quadrados, está consensualizado que é um bom tamanho, e, se abrirmos a porteira para excepcionalizar A, B ou C, eu não sei o que está para vir. Então, acho melhor que fique o que está previsto na Emenda da Vereadora.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Por isso é que eu gostaria, inclusive, de ouvir da Vereadora qual a justificativa que ela diz que faria da tribuna para a Subemenda nº 1, para que nós possamos nos posicionar talvez até favoravelmente, por que não?

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/04.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Prezado Sr. Presidente, prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que nos assiste, creio que este Projeto é de suma importância para Porto Alegre. Digo isso, porque ainda lá no ano de 1997, 1998, quando era Conselheiro da Temática Desenvolvimento Econômico e Tributação, do Orçamento Participativo da cidade de Porto Alegre, quando discutíamos a vinda do Carrefour para as imediações da Av. Assis Brasil, foi feita toda uma discussão no sentido de proteger a economia local e entender os principais eixos produtivos, os principais centros de bairros produtivos.

E, naquela época, com um belo debate que se deu em todos os segmentos da Cidade, e por autoria do então Vereador e companheiro João Motta, aqui nesta Casa, se aprovou o Projeto de Lei, limitando em 1.500 metros quadrados de área computável aos supermercados ou às atividades comerciais com a finalidade de gêneros alimentícios e correlacionados.

Porém, se percebeu que ao longo desse período, que já vai completar, a partir da aprovação da Lei de 2001 até hoje, um período que, naquele momento, não existiam, por exemplo, as redes de pequenos e médios supermercados em Porto Alegre, que se organizaram, se estruturam para poder enfrentar a concorrência dos grandes grupos, que vêm com todo um know-how, com todo uma estrutura, com todo poder econômico internacional, que sufoca a pequena e média economia dos centros e da nossa Cidade, também está nessa discussão.

Essa discussão tem esse potencial de fundo. Portanto nós revermos, hoje, a proposição de elevarmos de 1.500 metros quadrados para 2.500 metros quadrados isso não traz prejuízo, porque área computada significa a área do comércio, a área de lazer, a área de refeitório, a área de banheiro, a área de depósitos. Isso permite que os pequenos e médios se estruturem melhor para poderem, através das suas organizações cooperativas ou associativas, inclusive, enfrentar a grande disputa econômica e comercial, pois todos nós sabemos que o capital sufoca o pequeno e o médio.

Diante dessa lógica, nós entendemos que é um avanço esta Legislação. Contudo não podemos concordar com a Emenda da Verª Maristela Meneghetti, que diz que teriam direito todos protocolados até o dia de hoje. O que significa isso? Qualquer empreendimento que pode estar entrando com um projeto, com áreas maiores que 2.500 metros quadrados, teria direito adquirido. Se nós queremos construir um regramento que seja transparente, democrático, que venha proteger a economia média de nossa Cidade, nós não podemos permitir que a possibilidade desses subterfúgios venha a se instalar. Então, esta Emenda, acreditamos que não seja propositiva, que ela, Verª Maristela Meneghetti, traz um sombreamento à proposta que aqui está apresentada e traz, ao mesmo tempo, um esvaziamento dessa proposta. Foi uma discussão, inclusive, semelhante à que tivemos aqui com os postos de gasolina nesta semana.

 

O Sr. Paulo Odone: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)

Só para manifestar, Vereador, que V. Exª está referindo “Emenda”, mas na verdade, é a “Subemenda” n° 01, da Verª Maristela.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Correto, muito obrigado pelo auxílio. Então, a Subemenda nº 01, de autoria da Verª Maristela Meneghetti. Bem, dito isso, é lógico que este Projeto precisa, Sr. Presidente, ainda ser aprofundado, porque ele não contempla todas as regiões da Cidade. E, Ver. Sebastião Melo, se nós estamos constituindo, como está apregoado hoje na Ordem do Dia, uma Comissão de Revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, nós temos de discutir com profundidade para que contemple outros equipamentos de abastecimento popular da economia média que estão fora dos eixos e das vias estruturadoras. Porque, como essa é uma discussão complexa, concordamos e achamos que, na Revisão do Plano Diretor, aqueles supermercados que estão lá na Restinga, que estão lá em Belém Novo, Ver. Mario Fraga, têm e devem ser contemplados e discutidos. Portanto eu quero registrar aqui, nesta tribuna, que essa Subemenda evolui, mas ela não contempla a totalidade dos pequenos e médios empreendimentos de Porto Alegre, que têm o desejo e o significado de evoluírem de qualidade estruturalmente.

E quero remeter e dizer aos companheiros Vereadores que precisamos aprofundar esse assunto na Revisão do Plano Diretor, para que fique claro pela Cidade. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. João Carlos Nedel assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLCL nº 017/04.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver. João Carlos Nedel, que preside os trabalhos no momento, a minha reflexão não vai incidir sobre a substância da matéria em debate.

Trata-se de matéria extremamente importante, que vem criar mecanismos para que as atividades busquem a sua plenitude; por certo, a alteração no que diz respeito ao aumento de área para que a atividade mercadológica se desenvolva atende, talvez, até diria, os padrões internacionais.

A questão que me arrasta à tribuna é exatamente para cumprimentar aqui a Verª Maristela Meneghetti, de cuja Emenda sou contra, apenas para chamar a atenção de que a Subemenda nº 1 da Verª Maristela Meneghetti reproduz a discussão que fizemos há pouco, nesta Casa, no que diz respeito aos postos de gasolina. Lembramos todos da discussão.

Então, é isso que quero chamar a atenção, é sobre esse aspecto. Ela manteve a posição, sustentou essa posição com absoluta coerência.

Quando vejo pedirem que a Verª Maristela Meneghetti retire a sua Subemenda, aí, há contradições.

Então fica aqui, Sr. Presidente, Vereadores e Vereadoras, apenas para trazer à colação, a lume esse aspecto de procedimentos controversos em matéria idêntica e dizer que sou contrário a esta Subemenda da Verª Maristela Meneghetti, mas não poderia deixar passar, deixar transitar em julgado esse aspecto que reputo extremamente importante dentro do debate, embora tenha posição firmada contra esta Subemenda, que firmei igual posição lá quando se discutia sobre os postos.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elói, como quem fez o pedido para a Verª Maristela Meneghetti foi este Vereador, quero dizer a Vossa Excelência que agi da mesma forma como agi com relação aos postos de gasolina, aceitando o Veto do Prefeito Fogaça, estou agindo com relação aos supermercados. A discussão que fiz com relação aos postos de gasolina é a mesma que estou fazendo, hoje, com relação aos supermercados. Inclusive discuti com o Ver. Paulo Odone o problema do direito adquirido, porque não aceitava como argumento que foi esposado pelo Prefeito Fogaça que aquelas pessoas que já tinham protocolado pedidos, na verdade tivessem algum tipo de direito adquirido. Isso não é direito adquirido, e nós todos sabemos que não o é.

Então, aquela argumentação, nós a refutamos da tribuna e por isso estou absolutamente coerente nas duas matérias.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: É vênia para discordar radicalmente do aparte de Vossa Excelência. É apenas uma questão de semântica. Lá eu falava que aqueles requerimentos em tramitação, ingressados em vigor à Lei, deveriam ser adaptar. E, aqui, se fala em protocolo. É mera semântica.

Portanto, eu quero dizer que votarei contrariamente a esta Subemenda nº 1. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

(O Ver. Elói Guimarães reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Está encerrada a discussão.

Em votação nominal o PLCL nº 017/04. (Pausa.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, V. Exª pode orientar a votação?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sim, com prazer e por dever de ofício. Votação do Projeto com ressalva da Emenda e da Subemenda. Vota-se o Projeto ressalvando-se a Emenda e a Subemenda.

Em votação nominal o PLCL nº 017/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 33 votos SIM.

Em votação a Emenda nº 03 ao PLCL nº 017/04. (Pausa.) Esclareço que, rejeitada a Emenda nº 03, fica prejudicada a votação da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03.

 

O SR. PAULO ODONE (Questão de Ordem): Só para esclarecer, Sr. Presidente, votaremos a Emenda nº 03 e, depois, a Subemenda separadamente? Está destacada?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Claro, foi destacada, perfeito. Em votação nominal a Emenda nº 03 ao PLCL nº 017/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 34 votos SIM.

Em votação nominal a Subemenda nº 01 à Emenda n.º 03 ao PLCL nº 017/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 02 votos SIM, 30 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Conforme havia sido deliberado, nós vencemos o que tinha sido acordado na ordem das votações. Temos aqui homenagens no período de Comunicações. Eu proponho que se faça a votação dessas matérias.

 

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. N.º 66/05 – (Proc. nº 1312/05 – Ver. Ervino Besson) – requer que o Período de Comunicações, no dia 25.04.05 seja destinado a homenagear o Sr. Cláudio Damazio Pacheco, coordenador da Festa do Ridículo. (incluído em 16-03-05)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 066/05, de autoria do Ver. Ervino Besson, que requer que o período de Comunicações, no dia 25/04/05, seja destinado a homenagear o Sr. Cláudio Damazio Pacheco, coordenador da Festa do Ridículo.

O Ver. Mário Fraga está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 066/05.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, peço desculpas aos nobres pares, mas sou obrigado a encaminhar o Requerimento do Ver. Ervino Besson, pois se trata de uma pessoa de minhas relações. Estou encaminhando favoravelmente, e quero deixar registrado aqui meu apoio a esta homenagem ao nosso amigo Kako e parabenizar o Ver. Ervino Besson por esta homenagem. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 066/05.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e também pela TV Legislativa, quero saudar a todos. Vereador Mário Fraga, V. Exª é da nossa comunidade de Belém Novo e conhece tanto quanto eu o que representa a Festa do Ridículo para a nossa Porto Alegre, e principalmente para o Bairro Belém Novo. Sem dúvida nenhuma, aquela equipe liderada pelo Kako merece esta homenagem, merece que este evento seja colocado no Calendário de Eventos da cidade de Porto Alegre. Companheiro Mário Fraga, ontem, em uma visita à Secretaria de Cultura do Município, ouvi do Secretário e das pessoas que lá trabalham a satisfação e a alegria deles por esta Casa, através de um Projeto, colocar a Festa do Ridículo no Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre. A própria Secretaria reconheceu isso de forma muito tranqüila, com bons olhos e com muita alegria.

Portanto é uma homenagem que esta Casa presta para a nossa comunidade da Zona Sul de Porto Alegre, para aquela equipe e para o Kako que a lidera, meu colega Ver. Mario Fraga, que, sem dúvida nenhuma, quem ganha com isso é a nossa querida Porto Alegre.

 

O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Com certeza, Vereador, só para deixar registrado, em 1995, quando, como titular, estive aqui na Casa, fizemos Voto de Congratulações ao Kako pela realização da Festa. Então, essas duas homenagens que V. Exª presta ao Kako e à Festa do Ridículo, nós apoiamos integralmente. Meus parabéns!

 

O SR. ERVINO BESSON: Perfeito, V. Exª está incluído nisso, meu colega Vereador. Sem dúvida, nós que acompanhamos há vários anos esta Festa sabemos que há jovens e pessoas de todas as idades que lá se divertem e passam uma belíssima noite na Festa do Ridículo.

Agradeço a atenção, meu caro Presidente, dos colegas Vereadores e das colegas Vereadoras, e tenho certeza de que será aprovado por unanimidade este Requerimento, pois é uma homenagem que estará sendo prestada à nossa Porto Alegre, para o Kako e, principalmente, para toda aquela equipe que, durante todo o ano, trabalha com muito esforço para que, a cada ano, ela seja cada vez melhor. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento n.º 066/05.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que nos assiste, quero cumprimentar aqui o Ver. Ervino Besson pela iniciativa de fazer uma homenagem ao Cláudio Damazio Pacheco, mais conhecido como Kako, filho do seu Pachecão, lá de Belém Novo. O seu Pachecão é um dos grandes guardiões, lá, da cultura, da história e da preservação ambiental do Guaíba e da sua orla. Digo isso, porque a família Pacheco, assim como tantas outras na Zona Sul, se constituem como famílias tradicionais da nossa Cidade e que vêm ao longo da história ajudando a construir a história da Cidade com a essência das suas comunidades. E no caso de Belém Novo, esta festa chamada de Festa do Ridículo, na realidade, é uma festa que se propõe a homenagear a diversidade cultural, a diversidade de expressão do conjunto e dos diversos segmentos da sociedade e da comunidade.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto queria saudar V. Exª pelo seu discurso. Na última festa, eu falei com o oficial da Brigada Militar que estava no comando da segurança do evento, e ele me disse que é uma festa que, praticamente, nunca deu problemas. As pessoas vão à festa com um espírito de lazer. É um dia em que as pessoas conseguem ali festejar e participar de uma forma muito tranqüila. Por isso registro isso, porque, normalmente, numa festa desse nível, com essa grandeza, sempre dá algum problema. Mas, graças a Deus, a festa é tão bem organizada que nunca aconteceu absolutamente nada, numa segurança e numa tranqüilidade total.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Certamente, pois é um evento que já existe há 25 anos na história de Porto Alegre, na história de Belém Novo, sem dúvida nenhuma, é um evento que referencia as comunidades locais. E aqui nós temos diversos Projetos que foram apresentados e que estão em discussão nesta Casa sobre temas culturais, sobre temas das etnias e da diversidade cultural. E o Kako, além de ser uma pessoa comprometida com a militância cultural, e para quem não sabe, ele é um grande percussionista, percussionista do grupo do grande músico Borghetinho. Então, é a essência da cultura gaúcha que se espraia pelo mundo afora ao som da gaita do Borghetinho e com as batidas do Kako, como percussionista.

 

O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Vereador, pelo aparte. Dou os parabéns a V. Exª pelo seu encaminhamento. Nós, que já somos da Zona Sul, e o Vereador que já está fazendo parte da nossa comunidade, queremos realçar que a importância dessa festa é que ela começou na casa do seu Pacheco, que hoje é seu companheiro, é trabalhista. Então, o KaKo começou a fazer as festas na garagem da casa do Pacheco. Digo isso só para enriquecer, para os outros Vereadores que não sabem da história conhecerem, já que são 25 anos de tradição. Muito obrigado, Vereador.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Agradeço ao Ver. Mário Fraga. E, continuando nesta homenagem oferecida ao Sr. Cláudio Damazio Pacheco, que se falar esse nome em Belém Novo ou na Cidade, ninguém conhece, mas se falarmos no Kako, filho do Pacheco ou do Pachecão, além das fronteiras de Porto Alegre, todos conhecem.

A Festa do Ridículo é uma essência, sob o ponto de vista da diversidade, que devemos apoiar e apostar, inclusive na discussão cultural e na discussão do desenvolvimento de nossa Cidade, assim como outras festas que já são referência. Para essa festa, vêm pessoas de vários outros Estados do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, e acontece em Belém Novo. Portanto, a importância desta homenagem é, também, para divulgar para a comunidade porto-alegrense para que venha conhecer esse evento que acontece anualmente em Belém Novo.

E aqui temos uma outra questão que é importante salientar, como é um evento cultural, Belém Novo tem-se, por seu perfil histórico e atual, fortalecido nas atividades que dizem respeito à questão da cultura e às questões ambientais. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 066/05, de autoria do Ver. Ervino Besson. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com o voto contrário do Ver. João Antonio Dib.

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. N.º 75/05 – (Proc. nº 1484/05 – Ver.ª Neuza Canabarro e Ver. João Antonio Dib) – requerem que o Período de Comunicações, no dia 28.04.05, seja destinado a homenagear a Sociedade Gondoleiros, pelo transcurso do 90º aniversário. (incluído em 14-03-05)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 075/05, de autoria da Verª Neuza Canabarro e do Ver. João Antonio Dib. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes.

O SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, solicito que seja colocado em votação o Requerimento nº 089/05, de minha autoria.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Informo a V. Exª, Ver. Ervino Besson, que havia um consenso para que se votassem solenidades, Requerimentos....

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, é que desde ontem este Requerimento está para ser votado, mas, depois, ele ficou para hoje. E eu vou ler este Requerimento, porque a população precisa saber o que se passa neste plenário (Lê.): “Requer uma Moção de Solidariedade à equipe da RBS TV que sofreu graves ataques no dia 15 de março de 2005, na cidade de Sarandi, por ocasião da reportagem de manifestação popular.”

Gostaria que V. Exª colocasse em votação se o Plenário aceita ou não votar este Requerimento.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Solicito verificação de quórum para saber se há quórum suficiente para submeter matéria dessa natureza à votação. (Pausa.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu acho que esta verificação de quórum foi injusta para com os Vereadores que não estão presentes, porque acredito que a maioria deles saiu quando foi encerrada a matéria definida para a Ordem do Dia.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Gostaria de ponderar com V. Exª que não houve o encerramento.

São 13 os Vereadores presentes, não há quórum para que se submetam matérias à votação. Portanto, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h55min.)

 

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